“Marina é o FHC de saias um pouco mais ortodoxo”, dispara líder do PT no Senado

Segundo Humberto Costa, Marina tenta enganar o povo ao se vender como opção de "nova política"; petista é categórico ao afirmar que presidenciável do PSB representa um retrocesso e "é pior até mesmo que Aécio".

Marcello Ribeiro Silva

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SÃO PAULO – Mesmo decolando nas pesquisas de intenção de voto e vendo sua popularidade avançar a passos largos, Marina Silva está longe de ter dias tranquilos. O bom desempenho nos levantamentos estão fazendo da presidenciável do PSB o alvo preferido dos seus principais opositores nas urnas. Desta vez, as críticas partiram de Humberto Costa, líder do PT no Senado. Para ele, a ex-senadora apresentou um programa de governo que a coloca alinhada ao ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“Marina Silva é o FHC de saias um pouco mais ortodoxo. As propostas de política econômica são muita parecidas às praticadas por FHC enquanto estava na presidência”, disparou Costa. “Ela será submissa ao mercado e deixará que eles regulem tudo. Esse negócio de dar autonomia total ao Banco Central é equivocado. Nem o FHC teve coragem de levar isso adiante, porque representa um retrocesso”, completou.

O líder petista afirmou que algumas medidas apontadas no plano de governo da chapa presidenciável pessebista destacam as atitudes inconsequentes que Marina pode tomar caso seja eleita. “O plano de baixar a inflação sem considerar os efeitos na taxa de desemprego é apenas um exemplo do quanto Marina é inconsequente“, criticou, acrescentando que a candidata ao Planalto pelo PSB é “pior até mesmo que Aécio (Neves), do PSDB”.

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De acordo com Costa, a postura passiva de Marina fará com que ela “baixe a cabeça para o mercado financeiro”, permitindo que a política neoliberal aumente a taxa de juros e permita a volta da inflação.

O petista afirmou ainda que Marina tenta enganar o povo ao se vender como opção de “nova política” e destacou as incongruências da candidata. “Precisamos avaliar os riscos desse posicionamento político instável, que prega uma coisa e faz outra. Sem dúvidas, é uma política errática e o eleitor precisa colocar isso na balança“.

“Se o eleitor for racional, Dilma será reeleita”

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Indagado sobre o desempenho meteórico de Marina nas mais recentes pesquisas, o petista afirmou que esta é apenas mais uma “onda momentânea, que não deve afetar o resultado final da corrida eleitoral”.

Segundo Costa, um sentimento de insatisfação foi criado pela oposição, mas essa percepção deve perder força com a proximidade da votação. “Se o eleitor for racional, Dilma será reeleita. O eleitorado terá que pensar em algum momento que uma disputa presidencial representa a vida de um país nos próximos quatro anos e, quando esse for o raciocínio, apenas uma opção será viável“, alfinetou, completando que o PT deve adotar uma nova estratégia nos próximos encontros e que a presidente deve fazer um debate mais frontal com Marina.

Para ele, Aécio ainda não pode ser considerado “carta fora do baralho”. Ainda assim, o petista admitiu que o tucano dificilmente conseguirá chegar ao segundo turno. “Marina passou a ser questionada apenas agora. Antes disso, sempre ficou recolhida, imaculada. Tendo que se posicionar e sob pressão, a tendência é que ela caia e que Dilma retome a liderança nas pesquisas“, concluiu Costa, em tom otimista.

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