Marina apoia Aécio, mas não confirma se subirá no palanque do tucano

A ex-candidata à presidência pelo PSB afirmou que sua participação na campanha do tucano ainda não foi discutida e disse que o seu apoio é apenas uma posição programática.

Lara Rizério

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São Paulo – Uma semana após ser derrotada nas eleições, Marina Silva, ex-candidata à presidência pelo PSB, anunciou seu apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB), que disputará o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT). A ex-senadora contou que, apesar de não ter encontrado com Aécio pessoalmente, pôde conversar com ele por telefone, enquanto o tucano visitava a família de Eduardo Campos, que foi presidenciável do PSB até agosto quando morreu em um trágico acidente aéreo. O peessedebista estava acompanhado de Beto Albuquerque (PSB), que foi candidato à vice-presidência na chapa  de Marina. A ex-ministra do Meio Ambiente não confirmou se subirá ao palanque de Aécio para apoiar sua candidatura. 

“Desejo que façamos o debate. A minha participação na campanha de Aécio ainda não foi discutida, mas decidiremos isso em breve”, explicou a pessebista, acrescentando que o tucano se comprometeu a acabar com a reeleição caso seja eleito em 26 de outubro. 

Indagada sobre a interação que teve com Aécio nos últimos dias, Marina voltou a falar sobre o encontro que teve esta semana com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ela relembrou ainda que o tucano fez a mesma abordagem em 2010. De acordo com ela, a reunião foi na casa do ex-presidente e durou pouco mais de uma hora. 

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Além disso, a ex-senadora demonstrou desconfortou quando foi perguntada sobre qual cargo gostaria de ocupar em um eventual mandato do tucano. “Não fiz discussão com base em nenhuma fórmula pragmática, é uma discussão programática”. 

A ex-ministra comentou sobre o fato de ter se posicionado à favor de um dos lados da bipolarização que caracteriza a política brasileira e disse que o voto não pode ser “patrimonializado”, porque ele é do eleitor. “Neste momento, o nosso posicionamento pode ajudar o eleitor a reafirmar suas posições no segundo turno. É uma eleição em dois turnos, em que a sociedade não me passou para o segundo turno. Inauguramos uma nova política, porque a aliança que fizemos foi feita com base em programa”, explicou Marina. “A alternância de poder faz parte da democracia. Me sinto coerente com o que me determinei a fazer e contribui efetivamente”, completou. 

Sobre a questão da redução da maioridade penal, a ex-senadora foi contundente ao afirmar que as propostas que fez à Aécio não foram imposições. “Apresentamos o que achamos que é o mais interessante. O compromisso que foi assumido ontem em Pernambuco considera os aspectos amplos da sociedade brasileira. Acredito que está aberto espaço para o diálogo, quando diz que não que tratar a questão da juventude como um caso de mera punição problemas que é de responsabilidade de todos nós”, explicou a pessebista, completando que quando se faz aliança se estabelece vínculos com diferentes sem prejuízo para nenhum dos dois lados. 

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Em relação à revisão do Fator Previdenciário acordada entre ela e o candidato do PSDB, Marina reforçou que esse já o compromisso do tucano mesmo antes de passar ao segundo turno. “Ele mesmo falou que faria isso durante os debates. Ele colocou como compromisso essa revisão já no primeiro turno nos mesmo termos que nós”, pontuou a candidata que ficou na terceira colocação na corrida presidencial.

Marina demonstrou insatisfeita com a agenda ambiental, socioambiental e econômica de Dilma em seu primeiro mandato e não poupou críticas à petista. “Dilma teve a chance durante quatro anos de encaminhar  as propostas com as quais ela se comprometeu. Nesse segundo turno, decidimos apoiar aquele candidato que simboliza a mudança. A sociedade quer uma mudança de qualidade, manter as conquistas, aperfeiçoá-las, corrigir os erros e enfrentar os novos desafios“, concluiu.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.