Marina ao Jornal das 10: “sociedade brasileira vai determinar com quem vou governar”

Segundo a candidata, ela costuma ouvir nas ruas um desejo de que ela ganhe e que "governe com os melhores"; ela também falou sobre autonomia do Banco Central e sobre questão de que seria contra hidrelétricas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a entrevista pelo Jornal Nacional, a candidata pelo PSB à Presidência, Marina Silva, foi entrevistada pela jornalista Renata Loprete no Jornal das 10, da Globo News. A candidata abordou mais temas do que no jornal ancorado por William Bonner e Patrícia Poeta, falando sobre como governará, autonomia do Banco Central e a matriz energética. Perguntada sobre como formará a coalizão de seu governo, a candidata destacou: “acho que a sociedade brasileira vai determinar com quem vou governar”. 

Segundo a candidata, ela costuma ouvir nas ruas um desejo de que ela ganhe e que “governe com os melhores”. “Quando eu digo que vou governar com os melhores do PT, PSDB, PMDB,é por que tem pessoas boas em todos os partidos, só que elas ficam no banco de reservas”, afirmou. “Quando a sociedade se mobiliza, estes, os melhores, são os que estão na linha de frente. E eles vão ser escalados pela sociedade brasileira para governar”. 

“Você consegue pensar numa pessoa como o Cristóvam Buarque [senador pelo PDT-DF] fazendo oposição ferrenha ao governo de Marina Silva? Você consegue pensar uma pessoa como Pedro Simon [PMDB], Jarbas Vasconcelos [PMDB],você consegue pensar em pessoas de bem que, depois de tudo isso que aconteceu com o Brasil, continue com a lógica da velha política, da oposição cega que só vê defeitos, só vê problemas e não pensa no País, é essa velha política de que a gente precisa acabar”. 

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Marina também defendeu a institucionalização da independência do Banco Central e uma avaliação das desonerações fiscais realizadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT.

Segundo a ex-senadora, o compromisso de formalizar a autonomia do BC já havia sido assumido por Eduardo Campos, que comandava a chapa presidencial do PSB até sua morte trágica em um acidente de avião há duas semanas.

“Nós somos favoráveis à institucionalização. E existem vários modelos que estão sendo estudados para ver como ela se efetivará”, disse Marina.

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“Entendemos que era preciso dar um sinal forte, dizendo que a autonomia de fato, que agora estava sendo desacreditada, precisava agora ser institucionalizada”, afirmou. “A decisão foi anunciada por ele (Eduardo Campos) de que vamos fazer essa institucionalização.”

Atualmente, o Banco Central conta com autonomia operacional, mas não é formalmente independente.

Ao ser perguntada como pretende garantir recursos para cumprir a promessa de campanha de destinar 10% do Orçamento da União para a Saúde, Marina falou em aumentar a eficiência dos gastos públicos e em reavaliar as desonerações promovidas por Dilma.

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“O governo tem feito uma série de desonerações que têm significado um prejuízo para o espaço fiscal do governo. Essas desonerações precisam ser qualificadas”, disse, reconhecendo, no entanto, que algumas delas são “importantes, estratégicas”.

Marina aproveitou a entrevista para rebater acusações de que seria contrária a hidrelétricas, defendendo que as obras de novas usinas levem em conta sua viabilidade econômica, social e ambiental.

“Essa é uma questão que nós vamos resolver estruturalmente… Eu não tenho posição ideológica contra hidrelétrica. Pelo contrário, é uma fonte de suprimento de energia fundamental para o nosso país”, disse, ao ser questionada sobre críticas que teria feito ao licenciamento de Belo Monte.

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A candidata afirmou ainda que, se eleita, buscará fazer um planejamento estratégico para o setor “que combine o aproveitamento hídrico, que é muito importante para gerar energia, mas também uma matriz energética limpa, diversificada e segura”.

(Com Reuters)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.