Marcelo Odebrecht deve ser o último “possível delator” da empreiteira a falar; 7 já se pronunciaram

Jornal ainda destaca ameaça de "rebeliões" e afirma que situação é tensa na OAS; já a Odebrecht estaria contornando as divergências com maior tranquilidade graças a um programa informal de indenizações milionárias a seus diretores

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A tensão interna nas empreiteiras OAS e Odebrecht aumenta à medida em que se aproxima a possibilidade de acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, segundo informa o jornal Folha de S. PauloSegundo a colunista Mônica Bergamo, os executivos que precisam assumir práticas irregulares têm mostrado desconforto com a orientação das empresas e alguns fazem ameaça de rebelião.

De acordo com a Folha, a situação é mais tensa na OAS, uma vez que há divergências inclusive sobre o peso que se dará à participação dos acionistas, da família Mata Pires, nas irregularidades. Quanto menor for a participação deles no caso, maior a responsabilidade que recairá sobre os executivos da empreiteira.

Já a Odebrecht estaria contornando as divergências com maior tranquilidade graças a um programa informal de indenizações milionárias a seus diretores. Segundo relatos ouvidos pela colunista que circulam entre as empreiteiras, ela e a Andrade Gutierrez têm garantido vários anos de remuneração aos diretores uma vez que eles, confessando crimes, vão se inviabilizar no mercado de trabalho. Em boa parte dos casos a remuneração passaria dos R$ 15 milhões. Já a OAS, não tem a mesma “bala na agulha”. A Andrade Gutierrez e a Odebrecht não comentaram as informações.

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De acordo com a coluna Painel, do mesmo jornal, sete possíveis delatores da Odebrecht já prestaram depoimento aos procuradores da Lava Jato, sendo que três deles são ex-diretores. A oitiva de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do conglomerado, será a última, mas ainda não há data marcada. A delação da Odebrecht é vista como a mais “devastadora” da Lava Jato e a expectativa é de que ela seja fechada em breve. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.