Mantega atribui críticas ao fato de ter “pisado no calo” de especuladores

Em entrevista ao Globo News, ministro da Fazenda afirmou ainda que os bancos públicos continuarão reduzindo juros em 2013

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que as críticas que tem recebido de revistas e portais internacionais se devem ao fato de ter pisado em alguns “calos” neste ano. Contudo, ele disse ter contrariado o interesse de alguns especuladores que ganhavam dinheiro fácil no Brasil. Segundo Mantega, os negociadores buscavam recursos em países com juros baixos como Japão e EUA e aplicavam no Brasil, tendo em vista os altos juros da economia brasileira em um passado recente.

“Neste ano, eu contrariei o interesse dos especuladores internacionais. Não dos investidores, do pessoal que vem para a bolsa, mas dos especuladores que não são nem os grandes bancos. São meia dúzia que tem por aí. Tinham uma ‘boquinha’ aqui no Brasil. Ganhavam fácil dinheiro, especulando”, disse Mantega em entrevista exclusiva à Globo News.

Até o ano passado, a taxa básica brasileira estava acima de 12% ao ano, o que garantia retornos atrativos para investidores internacionais que conseguiam empréstimos a juros próximos de 0% nas economias desenvolvidas. “Essa ‘boquinha’ acabou”, afirmou o ministro.

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Guido Mantega está próximo de completar 8 anos no cargo, sendo o ministro com mais tempo de mandato, com o aval da presidente Dilma Rousseff que pretende manter o ministro em seu governo, apesar das “sugestões” dadas por revistas como a The Economist, que recentemenete sugeriu a demissão do ministro caso Dilma pensasse em se reeleger.

Bancos públicos continuarão reduzindo juros em 2013
O ministro comentou ainda que o ano de 2012 foi um ano difícil para o setor bancário, especialmente para os bancos privados, que tiveram que acompanhar a redução na taxa de juros das instituições públicas.

Mantega ressaltou que os bancos públicos continuarão reduzindo as taxas em 2013, já que, segundo o ministro, o Brasil pratica juros elevados defasados do resto do mundo. Segundo ele, os bancos privados devem crescer mais do que os públicos no próximo ano com aumento de crédito para produção e consumo.

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Expectativas
Para o ministro, o Brasil começará 2013 em melhores condições do que em 2011. Mantega citou a redução na tarifa de energia, os juros mais baixos da história e o câmbio elevado como condições para alavancar a economia nacional no próximo ano.

Mantega se mostra confiante também com o crescimento da indústria, do setor de serviços e da produção agrícola, independente do desempenho desses setores em 2012. Além disso, o ministro ressaltou o início de concessões de infraestrutura como estradas e ferrovias para aquecer a competitividade da indústria brasileira.

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