Manifestação na Avenida Paulista chega a 1 milhão de pessoas, diz PM; veja imagens

Protestos contra o governo acontecem ou aconteceram em diversas cidades pelo País; no exterior, também houve protestos

Lara Rizério

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A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, está tomada de manifestantes nos dois sentidos. Os manifestantes portam faixas e cartazes com críticas contra a corrupção e as medidas econômicas adotadas pelo governo federal e alguns pedindo a saída de Dilma Rousseff. Há também grupos de extrema direita que defendem a intervenção militar.

Segundo estimativa da Polícia Militar (PM), divulgada às 14h40, mais de 1 milhão de pessoas ocupavam naquele momento os dois sentidos da via e as ruas adjacentes. A corporação informou que não foi registrado nenhum incidente no ato.

Os manifestantes começaram a chegar no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) no final da manhã e, por volta das 13h30, havia no local cerca de 9 mil pessoas, de acordo com a PM. Antes do início do ato, previsto para as 15h, mais de 200 mil pessoas estavam na avenida e nas ruas próximas, segundo a PM. 

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As manifestações também tomaram conta de diversas cidades pelo Brasil. 

Em Fortaleza, a manifestação contra a corrupção no Brasil e o governo aconteceu na manhã de hoje na Praça Portugal, na Aldeota, bairro nobre da capital. A Polícia Militar contabilizou 15 mil pessoas no protesto. Já a organização do ato estimou em 20 mil pessoas.

A maioria dos participantes vestia roupas com as cores da bandeira brasileira e levantavam faixas com frases de rejeição ao PT e à presidente. “Toda essa política suja que temos hoje se processou pela nossa omissão. Com esse ato, mostramos que o povo está vigilante, não está passivo. Esperamos que a pressão popular norteie as decisões do Legislativo do país. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas ocupem os espaços e encontrem formas de se engajar na política, não necessariamente de forma partidária”, disse o arquiteto Paulo Angelim, um dos organizadores do evento.

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No Rio de Janeiro, após o protesto na orla de Copabacana durante a manhã, centenas de manifestantes fazem um ato contra a corrupção, em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio. O protesto começou por volta das 15h e o grande número de pessoas forçou o bloqueio das duas pistas centrais da Avenida Presidente Vargas, além da confluência com a Avenida Rio Branco.

Na capital fluminense, um jovem com um cartaz pedindo intervenção militar foi vaiado e xingado durante a manifestação contra a corrupção, em Copacabana. O estudante de engenharia Aramis Farias foi hostilizado pelos demais participantes do ato, que o acusaram de ser “infiltrado do PT”.

Aramis explicou que não defende a volta da ditadura, mas apenas uma intervenção militar para restabelecer a ordem e combater a corrupção. “Eu não defendo o militarismo. É intervenção militar. É diferente de regime, é diferente de ditadura. É para que os militares entrem na política e corrijam o que está errado, pois a política está envolta em corrupção”, se defendeu Aramis.

Em Brasília, os manifestantes começaram a se disperar por volta das 15h, após cerca de 4 horas de protestos. A manifestação, que começou às 9h, teve seu ápice quando uma enorme bandeira brasileira foi estendida ao lado do espelho d’água do Congresso e os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Alguns chegaram a entrar no lago, mas a maioria permaneceu no gramado em frente ao prédio.

Em Belo Horizonte, as manifestações diminuíram o ritmo por volta das 14h.  Segundo informações da Polícia Militar (PM) de Minas Gerais, no ápice, o ato contou com 24 mil pessoas.

Da Praça da Liberdade, no bairro Funcionários, principal ponto do protesto, uma pequena parte dos manifestantes dirigiu-se para a Praça da Savassi, no mesmo bairro, e outra para a Praça Sete, no centro da capital mineira. A maioria, porém, já  encerrou os protestos. Ainda de acordo com a PM, a manifestação foi tranquila, sem registro de ocorrências violentas.

Protestos no exterior
Ao menos 30 pessoas se reuniram em frente ao Westmount Square – edifício que abriga o consulado brasileiro em Montreal, no Canadá – para protestar pelo fim da corrupção no Brasil. O objetivo, segundo Letícia Furtado, organizadora da manifestação, é mostrar solidariedade aos brasileiros que também saíram neste domingo às ruas no Brasil para expressar insatisfação com o governo.

“Eu fiz este evento por ser solidária ao Brasil”, disse a professora de educação física, que mora há 20 anos na cidade de Longueil, a 15 quilômetros de Montreal. “E também para que os passantes entendam que o Brasil está mobilizado no dia de hoje”, destacou.

Brasileiros que residem nos Estados Unidos também participaram de protestos contra a corrupção e o governo de Dilma Rousseff.

De manhã, em Nova York, um grupo de brasileiros se concentrou na Union Square. Eles cantaram o Hino Nacional e pediram o impeachment da presidente. Pelas redes sociais, manifestantes disseram que entre 70 e 80 pessoas estiveram na manifestação em Nova York.

(Com Agência Brasil)

Confira fotos da manifestação em São Paulo:

Manifestação Paulista IV

Manifestação Paulista III

Manifestação Paulista II

Manifestação Paulista I

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.