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SÃO PAULO – Os advogados do deputado Paulo Maluf (PP-SP) esperam entrar em acordo com a Promotoria de Nova York, de forma a livrar o político da cadeia caso ele viaje para o exterior, através de um acordo no valor de US$ 1 milhão, o equivalente a R$ 2,2 milhões, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo. Desde 2007, há uma ordem de prisão preventiva contra Maluf.
O político entregaria até mesmo um anel de sua esposa, Sylvia Maluf, avaliado em US$ 250 mil (R$ 557 mil). O anel de rubi e diamantes foi enviado para leilão nos EUA, mas foi apreendido por promotores.
No processo, Maluf e seu filho Flávio são acusados de roubo, fraude e lavagem de dinheiro. Em 2007, o político teve a prisão decretada por desvio de R$ 26 milhões dos cofres públicos quando era prefeito de São Paulo, originado de desvios de obras entre 1993 e 1996. O valor teria sido extraviado e enviado para o exterior através do banco Safra. Porém, Maluf nega que tenha dinheiro no exterior.
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Por causa desta ação, o nome de Maluf foi incluído em 2009 na lista de procurados da Interpol, que reúne polícias de 190 países. Num dos tópicos do acordo, Maluf teria que confessar um crime.
Conforme aponta o documento ao qual o jornal teve acesso, o político “teria que se declarar culpado de um crime relacionado com uma conta bancária criada em Nova York, no banco que foi canal para o movimento de fundos roubados”.
De acordo com promotores de São Paulo, o valor que passou por Nova York foi apenas uma pequena fração do montante desviado por Maluf, que totaliza US$ 340 milhões – R$ 758 milhões – de duas grandes obras que ele realizou como prefeito: o túnel Ayrton Senna e atual avenida Roberto Marinho. Esta é a segunda vez que o político faz uma tentativa de acordo com promotores de Nova York.