SÃO PAULO – Mais um escândalo envolvendo a equipe do primeiro ministro japonês Shinzo Abe foi deflagrado no país. A nova polêmica envolve a gestão de fundos públicos, já que uma organização do ministro do Meio Ambiente, Ichiro Kamoshita, declarou ter recebido 8 milhões de ienes (U$ 69,5 mil) a mais do político.
A organização de gestão de fundos de Kamoshita assegurou haver recebido – entre 1998 e 2005 – um auxílio no valor de 10 milhões de ienes (US$ 87 mil) do atual ministro, ainda que o balanço de 1996 só tenha justificado 2 milhões de ienes (US$ 17,4 mil).
O ministro e membros da equipe de Shinzo Abe qualificaram o caso como erro contábil. O premiê Shinzo Abe limitou-se a dizer que Kamoshita não terá de apresentar a sua renúncia, já que foi um erro de contabilidade.
Desculpas
Em pronunciamento, o ministro disse lamentar o erro e afirmou que vai refletir sobre o ocorrido. Ele disse ainda que gostaria de continuar fazendo seu trabalho, uma possível alusão à recente demissão do último ministro da Agricultura, Takehiko Endo, que deixou o cargo por envolvimento em uma fraude de subsídios agrícolas.
A oposição liderada pelo Partido Democrático do Japão, no entanto, disse não aceitar o posicionamento de Shinzo, e solicitou a demissão de Kamoshita, caso ele não esclareça todas as dúvidas sobre o que ocorreu.