Mais da metade dos eleitores de Ciro e Marina admitem “voto útil” contra candidato indesejado

Segundo pesquisa XP/Ipespe, 37% dos eleitores admitem a possibilidade de mudarem seus votos em função da dinâmica das peças no xadrez eleitoral

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A pouco mais de duas semanas do primeiro turno, o chamado “voto útil” começa a dar as caras e ganhar a atenção na corrida presidencial, no momento em que a rejeição aos candidatos passa a falar mais alto e influenciar no resultado das pesquisas e nas estratégias das campanhas. Segundo levantamento XP/Ipespe realizado entre 17 e 19 de setembro, 37% dos eleitores admitem a possibilidade de mudarem seus votos para evitar que um candidato indesejado avance para o segundo turno. Tal inclinação varia significativamente entre os apoiadores de cada candidato.

Leia também: Haddad salta 6 pontos e deixa Ciro para trás, mas vê rejeição chegar a 60%; Bolsonaro sobe para 28%, mostra XP/Ipespe

De acordo com a pesquisa, o candidato que hoje corre mais riscos com este comportamento do eleitor é o senador Álvaro Dias (Podemos): 60% de seus apoiadores admitem a possibilidade de mudança de voto em função da dinâmica das peças no xadrez eleitoral. O parlamentar tem consciência disso e tenta evitar uma desidratação. Em entrevista concedida à CBN ontem, ele chegou a afirmar que o “voto útil” é “assinar atestado de burrice”. “É óbvio que o eleitor tem que escolher o melhor, e não o menos pior para evitar o péssimo”, defendeu na ocasião.

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Álvaro Dias é seguido pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e pela ex-senadora Marina Silva (Rede), com respectivas taxas de 54% e 52%. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) tem 42% de seu eleitorado formado por adeptos dessa estratégia, 1 ponto percentual a mais que o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT). Na ponta oposta aparece o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 72% de apoiadores contrários ao “voto útil”.

A tabela abaixo apresenta os detalhes:

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Metodologia

A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone, entre os dias 17 e 19 de setembro, e ouviu 2.000 entrevistados em todas as regiões do país. O intervalo de confiança é de 95,45%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro máxima, estabelecida em 2,2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo código BR-02995/2018 e teve custo de R$ 60.000,00.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.