Maia lança estratégia para “implodir” sonho de Meirelles e tenta se lançar como sucessor de Temer

Na avaliação dos principais aliados de Maia, o parlamentar teria junho como o prazo máximo para viabilizar sua candidatura, com as necessárias costuras partidárias e um desempenho satisfatório de partida nas pesquisas

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em meio à indefinição acerca do candidato que representará a centro-direita e a agenda de reformas do atual governo nas eleições presidenciais que se aproximam, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), intensificou articulações para viabilizar seu nome para o pleito. Conforme noticiam diferentes veículos da imprensa, o parlamentar já selou acordo com dois partidos da base do governo de Michel Temer: o PP, do senador Ciro Nogueira (PI), e o Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (SP).

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Segundo a Folha de S. Paulo, a estratégia seria buscar as siglas aliadas ao Planalto, principalmente as do centrão, e encurralar uma possível candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O jornal informa ainda que, paralelo a isso, Maia tenta traçar uma agenda de viagens pelo país. O movimento do parlamentar ocorre em um momento em que Geraldo Alckmin tenta se firmar como candidato tucano à sucessão de Temer e como nome responsável pela aglutinação do centro na disputa, o que evitaria o risco de um segundo turno protagonizado por uma possível polarização Lula-Bolsonaro.

Contudo, o movimento do presidente da Câmara até o momento se restringe aos bastidores. A aliados, o deputado tem dito que não fará nenhum movimento contundente antes da votação da reforma da Previdência, prevista para 19 de fevereiro, evitando cometer o que teria sido um erro de Meirelles. Seu primeiro verdadeiro teste será a convenção nacional do DEM, em que deverá manter as portas abertas para uma possível candidatura mais adiante.

Na avaliação dos principais aliados de Maia, o parlamentar teria junho como o prazo máximo para viabilizar sua candidatura, com as necessárias costuras partidárias e um desempenho satisfatório de partida nas pesquisas eleitorais. Mas sinalizações consistentes terão de ser dadas antes disso, visto que Meirelles, caso queira dar continuidade ao sonho de suceder Temer, terá de deixar a Fazenda até março.

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A disputa entre Maia e Meirelles começa a vir a superfície em meio à crescente “agenda eleitoral” do ministro. Na última sexta-feira, Meirelles participou de evento evangélico em Brasília e sofreu duras críticas de aliados do deputado. Entretanto, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, aliados de Maia veem Alckmin como principal concorrente do deputado ao Planalto. A avaliação é que Meirelles não conseguirá disputar, visto que não encontra apoio necessário nem mesmo em seu partido, o PSD, que ensaia aliança com Alckmin. Ainda assim, a estratégia continuará a de desgastar o titular da Fazenda. Mas o tom da disputa será de “guerra fria”, uma vez que o conflito aberto não interessa a nenhum dos dois.

Neste momento, o principal desafio dos nomes de centro que tentam se firmar como candidatos efetivos na disputa presidencial é a conquista de percentual mínimo de votos nas pesquisas. Hoje esta é a maior dor de cabeça do governador Geraldo Alckmin, tido como favorito a ocupar esse espaço, apesar das recentes cascas de banana lançadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que abriu a possibilidade para novos nomes.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.