Magno Malta recusa convite de Bolsonaro para ser vice

O parlamentar não explicou os motivos que o levaram à decisão e definiu que irá disputar a reeleição ao Senado

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Principal nome cotado para ocupar a posição de vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à presidência da República, o senador Magno Malta (PR-ES) confirmou, na manhã desta quinta-feira (11), que não aceitou o convite. As informações foram dadas pelo site do jornal O Globo. O parlamentar não explicou os motivos que o levaram à decisão e definiu que irá disputar a reeleição ao Senado.

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O anúncio esfria as negociações de Bolsonaro com o PR, de Valdemar Costa Neto, condenado por envolvimento no escândalo do ‘mensalão’, para a formação de uma aliança eleitoral. Um acordo ampliaria a exposição do pré-candidato pelo PSL nos meios tradicionais, já que contaria com o tempo de rádio e televisão da sigla. Com o PR, Bolsonaro teria à disposição 53 segundos dos 12 minutos e 30 segundos totais por bloco de propaganda eleitoral gratuita. Sozinho, o partido do parlamentar conta com apenas 8 segundos.

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A baixa estrutura partidária e o pouco tempo disponível em televisão são alguns dos principais obstáculos à candidatura de Bolsonaro. Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto nos cenários que desconsideram a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o parlamentar corre risco de perder apoio ao longo da disputa.

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Segundo levantamento realizado pelo Ipespe entre 2 e 4 de julho, por encomenda da XP Investimentos, 35% dos eleitores dizem que a televisão será o meio com maior influência sobre suas escolhas de voto. O estudo também mostrou que, quatro anos atrás, 49% dos entrevistados decidiram seus votos depois do início do período de campanha, sendo 18% após o último debate realizado entre os candidatos e 13% no próprio dia da eleição.

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Em um cruzamento destes dados e as intenções de voto dos eleitores, nota-se que Bolsonaro é o candidato mais exposto ao grupo que vê a internet e as redes sociais como os principais fatores a influenciar suas decisões de voto. Apesar do relevante papel dos meios digitais na estratégia do deputado, 33% dos que hoje apoiam sua candidatura admitem que a televisão será o principal fator a pesar sobre suas escolhas.

Com pouca exposição nos meios tradicionais, o militar na reserva pode ser alvo de ataques de adversários e ter pouco espaço para defesa. Isso poderia favorecer uma erosão de votos em certos grupos. Se não fechar com o PR e for mesmo para a campanha com menos de 10 segundos de exposição no horário eleitoral, tais riscos associados a um trabalho de desconstrução de sua imagem na propaganda eleitoral aumentam.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.