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O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, afirmou nessa terça-feira (3) que vai autorizar um referendo sobre a revogação do seu mandato se as autoridades eleitorais validarem 1,85 milhão de assinaturas apresentadas.
“Se, neste segundo passo, disserem que as assinaturas foram colhidas, avançamos para um referendo, ponto final”, disse Maduro em declaração ao país pelo rádio, horas antes de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) começar a analisar as assinaturas.
Na segunda-feira (2), a oposição venezuelana anunciou que encaminhou ao CNE 1,85 milhão de assinaturas pedindo a realização de um referendo para revogar o mandato de Maduro. As assinaturas foram coletadas em apenas dois dias, durante a semana passada.
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O CNE, considerado próximo do governo, vai agora verificar se os votos mínimos necessários (1% dos 195.721 eleitores) foram alcançados.
O processo pode demorar um mês ou mais, mas a oposição já prepara um segundo passo, que é a coleta de 4 milhões de assinaturas para que o referendo possa ser feito em novembro.
O referendo foi utilizado apenas uma vez na história da Venezuela, contra o antigo chefe de Estado Hugo Chávez, mas sem sucesso.
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Desta vez, o referendo poderá se beneficiar do crescente descontentamento social, nostrado pelas manifestações registradas nos últimos dias na segunda maior cidade do país, Maracaibo.
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