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SÃO PAULO – A semana foi marcada pela novela “fica Joaquim Levy” e pela confirmação de que ele ficará (pelo menos por ora). Ao mesmo tempo, o vice-presidente Michel Temer abalou os mercados ao mostrar que está cada vez mais afastado do governo Dilma Rousseff.
Enquanto isso, a semana foi de análises ainda piores sobre o cenário econômico brasileiro, ainda mais após o governo enviar o Orçamento de 2016 com déficit. Aliás, uma das sugestões para resolver a crise política (e, por tabela, a econômica), um tanto quanto inusitada, repercutiu e muito no mercado.
Confira as frases da semana:
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“Momento em que estamos vivendo é muito delicado, delicadíssimo”
Luiz Inácio Lula da Silva, durante a inauguração do Memorial da Democracia e citando o momento de irracionalidade emocional da sociedade brasileira.
“O Haddad tinha se comprometido a vir, mas não compareceu. Vai ver que ele está vindo a 50 km/h, não chegou ainda aqui em São Bernardo do Campo. Ou está vindo de bicicleta”
Lula, ao ironizar o seu afilhado político e prefeito de São Paulo, Fernando Haddad
“Infelizmente, o governo jogou a toalha”
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, em entrevista ao Valor sobre o anúncio do envio do Orçamento de 2016 com déficit. “o Brasil precisa hoje de reformas estruturais relevantes, principalmente nos gastos obrigatórios. Caso contrário, o Brasil se tornará uma Grécia ou algo desse tipo”, completou.
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“Hoje, realmente o índice é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo”
Michel Temer, vice-presidente, ao afirmar que é ‘difícil’ Dilma resistir mais 3 anos com baixa popularidade
“Pior momento de Dilma ainda está por vir; pico da crise política chegará de hoje até final do ano”
João Augusto de Castro Neves, diretor para América Latina da consultoria de risco político Eurasia; ele também destacou qual é a luz no fim do túnel para o governo. “Levy começa a trabalhar pelo legado dele; será aquele que introduzirá o debate do longo prazo, para avançar nas reformas”
“Está na hora dos políticos se entenderem. Tem que jogar em uma sala todos os maiores políticos desse país, Lula, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso, trancá-la e não deixar eles saiam de lá sem um acordo”
Abílio Diniz, sugerindo um acordo político através de uma situação um pouco inusitada
Levy: fica ou não fica?
“É evidente que a casa não está em ordem e a gente precisa crescer e ter a confiança para não ver o dólar disparar”
Joaquim Levy, durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, afirmando que é evidente que a “casa não está em ordem”
“É um desserviço para o país falar que o Levy está desgastado”
Dilma Rousseff na última quarta-feira, mostrando apoio ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacando que ele não está isolado
“Quem apostar [na saída de Levy do governo] vai perder”.
Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil na quinta-feira, em meio aos rumores de que Levy já teria sinalizado a sua saída.
“Quem apostar vai perder”
Aloizio Mercadante, ministro-chefe, sobre as apostas de que o ministro vai sair do governo.
“Os que apostam no enfraquecimento de Levy e investem na fragilidade do Barbosa erram feio. São ministros importantes, valorizados e reconhecidos”
Edinho Silva, “dobrando” a aposta de Mercadante de que Levy vai continuar
A Grécia é logo aqui?
“A bicicleta pode quebrar”
Augusto Nardes, ministro do TCU, sobre as pedaladas fiscais do governo que podem causar sérios problemas ao País
“Brasil está rapidamente se tornando a Grécia da América Latina”
Forbes, em matéria crítica sobre o Brasil
Bônus: Odebrecht e Renan
“Para alguém dedurar, ele precisa ter o que dedurar. Esse é o primeiro fato. Isso eu acho que não ocorre aqui”.
Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, em depoimento para deputados na CPI da Petrobras
“Tiro, porrada e bomba, como diz versos da música contemporânea, não reerguem nações, espalham ruínas e só ampliam escombros. Não seremos sabotadores da Nação”
Renan Calheiros, citando a “pensadora contemporânea” Valesca Popozuda