Lula nega pressão para tirar Levy da Fazenda: “seria desleal com ele e com Dilma”

"Eu disse ao próprio Levy, numa visita no meu escritório, de que a melhor notícia que Dilma tinha dado depois da vitória dela foi a indicação de Levy”, afirmou a uma rádio de Salvador

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista para a rádio Metrópole, de Salvador, nesta sexta-feira (23), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que esteja pressionando pela saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e buscando a sua substituição por Henrique Meirelles. 

Isso não é verdade porque seria desleal com Dilma. Eu não seria desleal com Levy, e seria desleal com Meirelles. Então, eu não sou presidente e não tenho direito de indicar ninguém. Eu só tenho direito de torcer para a presidente Dilma escolher as pessoas mais corretas”, afirmou Lula.

“Eu disse ao próprio Levy, numa visita no meu escritório, de que a melhor notícia que Dilma tinha dado depois da vitória dela foi a indicação de Levy”, prosseguiu.

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No final de semana, a presidente Dilma Rousseff afirmou durante viagem à Suécia que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanece no cargo, após especulações de que deixaria o governo. “O ministro Levy fica”, disse a presidente em entrevista coletiva.

Lula ainda afirmou que Dilma foi obrigada pelas circunstâncias a realizar o ajuste fiscal. “Dilma dizia que ajuste era coisa de tucano e que ela não ia mexer nos direitos dos trabalhadores. E ela foi obrigada pelas circunstâncias políticas a ter que fazer um ajuste”.

“A Dilma foi obrigada a manter uma política de subsídio muito importante para garantir o emprego e uma política de desoneração muito grande que foi feita neste País, pra gente poder manter as indústrias funcionando, a economia funcionando e geração de emprego. Chegou no fim do ano, você foi fazer o balanço e percebe que a despesa está um pouco maior do que a receita, então, você é obrigado a parar por uma questão de responsabilidade e a Dilma parou”, afirmou.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.