Lula, líder do PT no Senado de um lado e FHC e Aécio de outro: confira o que foi dito

Em artigo publicado pelo UOL, o líder do PT no Senado Humberto Costa atacou o discurso do "novo" utilizado por Campos; já Aécio destacou efeitos negativos do PT nas empresas públicas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O fim da última semana e o começo desta estão mais uma vez agitados no campo político, em meio à disputa eleitoral cada dia mais acirrada. 

Em artigo publicado no último domingo pelo portal UOL, o líder do PT no Senado Humberto Costa atacou o discurso do “novo” utilizado por Eduardo Campos, pré-candidato à presidência pelo PSB. De acordo com Costa, o discurso do ex-governador de Pernambuco para viabilizar a sua candidatura à presidência da república é “cópia” da campanha eleitoral de 2008 do presidente dos Estados Unidos Barack Obama. 

Costa diz que Campos copiou de Obama o trecho do discurso em que defende o “fim da política do passado” e ressalta “uma nova política para um novo tempo”. O senador criticou ainda ao dizer que “pegam um discurso de seis anos atrás, utilizado em outro país e num contexto político completamente diferente do nosso, e resolvem encaixá-lo aqui em 2014 para ver se cola. Ou seja, temos aí uma pérola da marquetagem política, pura retórica destinada mais a persuadir que esclarecer o eleitor”.

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De acordo com Costa, as propostas e frases do PSB – antes aliado político – “são muito mais fruto da publicidade do que do exercício da política”. Contrapondo-se a este discurso, o líder do PT no Senado destacou “se há algo verdadeiramente novo neste país é a revolução silenciosa pela qual estamos passando há mais de uma década”. 

Já em entrevista ao jornal “A Tarde“, de Salvador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse acreditar que “tem gente” querendo fazer caixa dois com as denúncias contra a Petrobras (PETR3;PETR4).

Acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobras, que desaparece logo depois das eleições. Tenho às vezes a impressão que tem gente querendo fazer caixa dois fazendo denúncia contra a Petrobras”, afirmou. Lula também destacou que “Dilma vai ganhar porque é mais bem preparada”,

“com as melhores propostas para o segundo mandato, e todo mundo sabe que ela tem uma experiência extraordinária em governar o Brasil”.

Aécio e FHC também dão declarações
Por outro lado, em artigo para o jornal Folha de S. Paulo, o pré-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, criticou o PT por “maltratar as empresas estatais com interferência política”. 

De acordo com ele, os “bordões repetitivos do partido, usados à exaustão como arma eleitoral, nos quais difunde-se um país dividido entre nacionalistas e entreguistas, já não surtem mais o mesmo efeito diante do quadro de destruição perpetrado na administração pública”, citando exemplos como a queda de valor de mercado da Eletrobras (ELET3;ELET6) e da Petrobras.

Além disso, ele cita os efeitos negativos em institutos como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e no Embrapa. 

Aécio destacou que neste fim de semana, voltaram a surgir graves evidências de que o indiscriminado e ostensivo aparelhamento chegou também aos fundos de pensão, que apresentaram prejuízo recorde em 2013.

“O certo é que o petismo leva para dentro das estatais o que há de mais atrasado em gestão, confundindo o interesse do Estado com o interesse das pessoas no poder” ressaltou, dizendo que os “brasileiros não se enganam mais, como bem mostram as pesquisas de opinião que apontam para um profundo desejo de mudança”, ressaltou, afirmando que precisa-se devolver as empresas públicas ao “verdadeiro dono – o povo brasileiro”.

Já o  ex-presidente Fernando Henrique Cardoso destacou estar otimista numa entrevista concedida ao jornalista Roberto D’Ávila e exibida nesta madrugada. Segundo ele, o PT corre o risco de perder as eleições presidenciais de 2014, mesmo que o candidato seja o ex-presidente Lula e não sua sucessora, Dilma Rousseff. O motivo, segundo, FHC é que “a situação no Brasil não é boa”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.