Lula e PT querem “guinada na política econômica” com plano que visa tirar Levy e Tombini

Objetivo é conseguir uma taxa de crescimento do País pelo menos até a eleição presidencial de 2018; Levy, inclusive, disse a dois interlocutores que "está cansado de não ser ouvido pelo governo"

Lara Rizério

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Atualizada às 16h

SÃO PAULO – Segundo informações do jornal “Valor Econômico”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alguns integrantes do PT estão formulando uma política econômica para criar condições de retomada da atividade econômica por meio da redução de juros e afrouxamento do gasto público. O objetivo é conseguir uma taxa de crescimento do País pelo menos até a eleição presidencial de 2018. O Instituto Lula negou a informação. 

E, para essa política se viabilizar no governo Dilma Rousseff, informa o jornal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, seriam substituídos com a nova política econômica.

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O jornal destaca ainda que, como essa é uma prescrição que coincide com o que pensa a presidente, as decisões vão ora para um lado, ora para o outro, causando perplexidade aos agentes econômicos, o que gera desânimo dentro do ministério da Fazenda. 

Levy, inclusive, disse a dois interlocutores que “está cansado de não ser ouvido pelo governo”. O jornal destaca que isso não significa que o ministro esteja de malas prontas, mas houve uma evidente mudança em sua disposição de permanecer.

O ministro defendeu medidas que não foram acatadas pela presidente, como uma reforma na Previdência, além de querer que o governo fosse mais ousado no corte de despesas obrigatórias, além de apresentar mudanças concretas nos benefícios como auxílio-doença e de assistência aos inválidos, assim como a revisão de programas como o seguro-defeso. Nenhuma dessas medidas fez parte do pacote definido por Dilma. 

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E, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente admite alterar pontos cruciais da proposta na tentativa de salvar o pacote fiscal, anunciado na última segunda-feira, que podem diminuir meta dos cortes em até R$ 14,6 bilhões e podem comprometer R$ 6 bilhões de receita.

Cabe ressaltar ainda a entrevista que o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, ao jornal O Globo. Ele afirmou que não há plano B para o ajuste fiscal, mas que a presidente Dilma Rousseff está aberta ao diálogo. Segundo Edinho Silva, Lula está muito preocupado com a retomada do crescimento econômico.

Nota do Instituto Lula
O Instituto Lula negou nesta quinta-feira proposta de mudança na política econômica. 
Segundo o instituto, o texto publicado pelo jornal não corresponde de forma alguma à verdade, segundo comunicado da assessoria de imprensa, enviado por email. 

“Estranhamente, não houve contato da reportagem com o ex-presidente para checar as informações que foram publicadas, resultando em veiculação de supostas informações atribuídas a Luiz Inácio Lula da Silva, de forma irresponsável”, comentou. 

O instituto apontou ainda que a veiculação de especulações infundadas não contribui para o debate público e tem consequências negativas para o País. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.