Lula e Macron se comprometem em concluir diálogo para assinar acordo UE-Mercosul

A França tem sido o principal obstáculo à assinatura do pacto comercial entre os dois blocos

Lara Rizério

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente  Luiz Inácio Lula da Silva durante uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil
28/03/2024
REUTERS/Ueslei Marcelino
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil 28/03/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino

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(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da França, Emmanuel Macron, comprometeram-se durante telefonema nesta quarta-feira em concluir o diálogo com vistas à assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia neste semestre, disse o Palácio do Planalto em comunicado.

“Macron e Lula comprometeram-se a ultimar o diálogo com vistas à assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia ainda neste semestre, durante a presidência brasileira do bloco”, disse o comunicado sobre o telefonema entre os dois líderes.

A França tem sido o principal obstáculo à assinatura do pacto comercial entre os dois blocos, com Macron tendo já publicamente demonstrado sua oposição ao acordo diante de um setor agrícola francês politicamente influente e que se opõe ao tratado.

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Em encontro recente com Macron, Lula pediu ao presidente francês que abrisse seu coração ao acordo.

De acordo com a nota do Planalto, Lula e Macron também discutiram as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, assim como as negociações pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia e a conferência climática da ONU COP30, que será realizada em Belém em novembro.

“No campo bilateral, os presidentes comprometeram-se a aprofundar a cooperação em matéria de defesa”, afirmou a nota.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.