Lula diz que Mercosul é espaço estratégico de coordenação para temas globais

presidente disse esperar que os países membros participem ativamente da COP30, que será realizada em Belém

Estadão Conteúdo

- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (c), recebe os chefes de estado para a 63ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada no Rio de Janeiro. Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, nesta quinta-feira (7), que o Mercosul é um espaço estratégico de coordenação para temas globais, como a transição energética. Lula participa da LXIII Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. “O Mercosul é espaço estratégico de coordenação para temas globais.”

Lula enfatizou as três linhas de ação de sua gestão: inclusão social e combater fome e pobreza; e transição energética e reforma da governança global.

Em seu discurso, o tom foi crítico aos países desenvolvidos. Ele afirmou que a estrutura da ONU não pode ser a mesma de 1945, inclusive em termos de representação. “É preciso mais trabalho, mais reunião para mais representatividade. Se não, não adianta o trabalho da COP”, frisou. Também afirmou que as nações mais ricas precisam pagar a conta da transição. “Quem tem que pagar a conta é quem se industrializa há mais de 200 anos.”

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O presidente disse esperar que os países membros participem ativamente da COP30 e lembrou que o Brasil assumirá a presidência do G20, com o tema da transição energética em pauta. “O projeto que nos levará à COP de Belém passa pela presidência do Brasil no G20.”

Segundo ele, as decisões sobre a questão ambiental, tomadas pelos fóruns internacionais, precisam ser postas em prática “quase obrigatoriamente”, apontou. “É preciso que, na questão ambiental, se tenha decisões implementadas quase obrigatoriamente.”

Luiz Inácio Lula da Silva destacou os impactos da crise ambiental na América do Sul. “Temos muito a ensinar o mundo sobre essa famosa transição energética”, afirmou o presidente. “Sabemos o que América do Sul está sofrendo com mudanças climáticas. Nunca imaginei ver os rios mais caudalosos secos.”

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Ainda que não nominalmente, criticou o governo Bolsonaro. “O Brasil tem reservas até para suportar até praga de gafanhotos que passou por aqui nos últimos 4 anos. Precisamos de uma proposta para fazer funcionar instrumentos de financiamento pelo mundo”.

O presidente aproveitou para convidar os países do Mercosul para reunião dos Brics em 2025 e afirmou que a entrada da Bolívia para Mercosul é conquista muito importante, lembrando que o país tem gás, minerais críticos e também uma cultura exuberante. “O Mercosul passa a contar com 283 milhões de pessoas e PIB de US$ 4,8 trilhões. A Bolívia ainda tem exigências a cumprir e sabe disso.”

Lula afirmou ainda que com entrada da Bolívia, a região vai “inaugurar o sonho da integração Atlântico-Pacífico.”. “Vamos ter boa quantia de dinheiro para sonho da integração física”, disse. “Vamos anunciar isso hoje a tarde, com BNDES, CAF, Sulplata e BID.”

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O presidente contou que tinha o “sonho” de concluir o acordo UE-Mercosul durante sua gestão na Presidência da República. “A gente merecia fechar esse acordo.”

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