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SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue em sua rodada de entrevista por rádios do País e desta vez foi na Rádio Difusora do Acre, onde ele voltou a criticar a Operação Lava Jato, falou em perseguição e cobrou um pedido de desculpas no futuro.
Enquanto aguarda uma decisão do juiz Sergio Moro na ação em que é réu na Justiça Federal do Paraná – o que pode acontecer a qualquer momento -, Lula afirmou que o processo é uma forma de torná-lo inelegível para as eleições de 2018. “Já está visível que o processo contra mim é uma tentativa de me deixar inelegível para 2018”, disse na entrevista.
Segundo o ex-presidente, as acusações contra ele são frágeis e, até o momento, não foi apresentada nenhuma prova concreta. “Estou esperando que provem a minha culpa”, afirmou. “Alguém vai ter que me pedir desculpas em algum momento”.
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Apesar das reclamações, o petista disse que apoia a Lava Jato, mas falou da necessidade de a operação “respeitar o Estado do direito”, citando como exemplo o grande número de pessoas que teriam sido mantidas presas até aceitarem delatar.
Por fim, Lula foi questionado sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer e evitou um tom acusatório. “Se o procurador-geral da República tem uma denúncia contra um presidente, primeiro precisa provar, tem de ter provas materiais, não basta dizer que ele cometeu um erro. Não sei se o procurador tem ou não razão, há uma divergência entre ele e o presidente sobre as provas, mas é preciso ter provas materiais”, afirmou.