Lula desmente que tenha conversado com Dilma sobre recuo no ajuste fiscal

Texto de nota do Instituto Lula diz que conversa entre Lula e a presidente sobre recuo no corte de benefícios trabalhistas nunca existiu

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Depois que o Estado de S. Paulo noticiou que Lula teria conversado com a presidente Dilma Rousseff (PT) para convencê-la a recuar nos cortes de benefícios trabalhistas, o Instituto Lula emitiu nota desmentindo o diálogo. Segundo o breve texto divulgado na página oficial da organização, o ex-presidente da República não foi comunicado por Dilma sobre alterações nas medidas provisórias 664 e 665. 

“Ao contrário do que foi publicado nesta terça-feira (24) pelo jornal o Estado de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi comunicado ou conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre alterações nas medidas provisórias 664 e 665. Lamentamos a publicação da informação incorreta pelo jornal sem a devida checagem dos fatos”, informa a nota.

Ontem, a notícia causou algum impacto na Bolsa. O gestor da H.H. Picchioni, Paulo Henrique Amantea, disse que a possibilidade de um recuo da presidente diante de pressões de Lula, de sindicatos e da base do PT no ajuste fiscal trazia cautela aos investidores posicionados na compra e abria espaço para a entrada dos vendedores.

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A situação fica ainda mais grave, segundo analistas do mercado, considerando que a manutenção da nota de risco dos títulos brasileiros pela S&P em BBB- se deveu muito à confiança da agência no trabalho do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mente por traz das medidas de contenção de gasto e aumento de receitas do governo para obter um superávit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015. 

A pressão do ex-presidente aliada à rejeição da presidente Dilma em meio ao povo e agora até entre os aliados históricos do PT por conta dos ajustes, tornaria esta meta de superávit mais difícil. O mercado já está com a luz de alerta em relação à aplicabilidade do ajuste fiscal desde que ficaram mais patentes as tensões entre governo e Congresso, com o racha entre Dilma e PMDB, o principal partido da base aliada. O ponto alto deste cenário de embate se deu quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) devolveu a MP 669, das desonerações fiscais, ao Planalto sem submetê-la a votação. 

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