Lula defende Henrique Meirelles como vice de Dilma em 2010

Apesar do apoio do Presidente, dirigente do BC terá que enfrentar disputa interna com Michel Temmer no PMBD

Bruna Marques Cortez

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SÃO PAULO – O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem sua sugestão sobre quem deve ser o vice da Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, na chapa que disputará as eleições presidenciais em 2010. Para Lula, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), seria figura ideal para cumprir na campanha de Dilma o mesmo papel que o vice-presidente José Alencar desempenhou em sua campanha. Em outras palavras, garantir segurança ao setor financeiro por meio da representatividade de seu nome no setor.

Responsável por importantes medidas do Banco Central brasileiro, como a taxação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) com alíquota de 2,0% sobre investimentos estrangeiros para tentar conter a maciça valorização do dólar, Meirelles é visto pelo governo como o nome que poderia proteger a candidatura de Dilma contra possíveis ataques da oposição.

Rumos da economia
Temerosos, membros da cúpula da campanha do PT já preveem que o passado de Dilma como ex-guerrilheira poderá ser usado por candidatos oposicionistas para provocar certo desconforto sobre as decisões de Dilma em relação à economia brasileira.

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Para o governo, é exatamente neste contexto que Meirelles exerceria papel importante, garantindo confiança ao empresariado e ao setor financeiro brasileiro, que já acompanhou sua performance no âmbito econômico.

Apesar de o programa de governo de Dilma ainda não estar concluído, Lula já deu suas recomendações sobre o setor econômico, alertando para que não sejam feitas mudanças desnecessária em questões como o câmbio flutuante e metas de inflação.

Caminho difícil
Apesar da clara manifestação de Lula a favor de Meirelles, o presidente do Banco Central certamente encontrará alguns empecilhos no caminho ao posto de vice-presidente na chapa eleitoral petista.

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O PMDB, partido do qual Meirelles é filiado há pouco tempo, desde 30 de setembro do ano passado, além de tentar conter a indicação do presidente do Banco Central, também fará de tudo para levar o presidente da Câmara, Michel Temmer, ao lugar de vice-presidente na chapa de Dilma.

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