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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode vetar o projeto da dosimetria, aprovado na Câmara nesta terça-feira (9), que reduz as penas de Jair Bolsonaro e outros envolvidos nos atos golpistas. Segundo aliados do presidente ouvidos pela Folha de S.Paulo, a tendência é que Lula vete o projeto de forma integral.
Estas pessoas ouvidas pela Folha também citam como argumento favorável ao veto o fato de que o projeto não beneficia apenas os condenados pelos atos do 8/01, mas também outros criminosos.
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Projeto aprovado na Câmara reduz o tempo de cumprimento de pena para crimes relacionados ao 8 de janeiro e pode antecipar a progressão de regime do ex-presidente
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Texto agora segue para apreciação no Senado Federal
Apesar de Lula estar disposto a barrar o projeto completo, seus aliados afirmam que recomendaram calma ao presidente. Alguns deles, segundo a Folha, defendem esperar que o STF (Supremo Tribunal Federal) se manifestes sobre o tema antes.
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Outros pontos de atenção levantados são o histórico recente de vitórias do Executivo no Congresso, com aprovação de projetos de interesse do governo, e o receio de incomodar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que está em negociação sobre a aprovação do nome de Jorge Messias para o STF.
Nesta quarta (10), Lula minimizou os acontecimentos da noite anterior, que foi marcada pela expulsão violenta do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da cadeira da presidência da Casa e a da censura a jornalistas que registravam os fatos na Câmara.
“Estou muito tranquilo com o que está acontecendo no Brasil. Essa desavença da Câmara é própria da democracia, a gente estava desabituado a isso”, afirmou, durante evento com prefeitos e governadores. “Esse país está mudando para melhor, pode ter certeza.”
Em paralelo, a Folha também relata que a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, procurou ministros e dirigentes partidários para questioná-los sobre o voto de seus aliados em favor do PL da dosimetria, aprovado na calada da noite.