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SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou o tom do discurso que estava fazendo após as vaias e os xingamentos direcionados à Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, em São Paulo. Lula havia destacado que os protestos vinham da “elite branca” e chegou a falar em “ódio de classes” mas, ontem, admitiu que o governo “possivelmente tenha culpa” por não ter “cuidado com carinho” da insatisfação de parte da população, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo.
Vale ressaltar que o secretário geral da presidência, Gilberto Carvalho, um de seus principais auxiliares, chegou a afirmar que o PT errava no diagnóstico de que o descontentamento da população e que os ataques eram exclusivos da elite, algo que gerou mal estar no Planalto.
“Me permitam, pessoal, no Itaquerão não tinha só elite branca não. Não fui pro jogo, mas estive ao lado [do Itaquerão], numa escola (…), fui e voltei de metrô. Não tinha só elite no metrô. Tinha muito moleque gritando palavrão dentro do metrô que não tinha nada a ver com elite branca”, afirmou Carvalho, em conversa com blogueiros repercutida na última sexta-feira.
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Lula ainda afirmou que o PT não pode fazer campanha sem discutir o tema da corrupção: “não podemos fazer como avestruz e enfiar a cabeça na areia e falar que este tema não podemos debater.”
Sobre a política econômica, o ex-presidente voltou a defender o governo Dilma. “Nós tivemos uma crise econômica mundial. Se compararmos o Brasil de 2013, de 2014 com o de 2010, a gente estava crescendo a 7.5% e estamos crescendo a 2%. Não temos que comparar com 2010. Tem que comparar com 2002, como a gente pegou o país porque o processo é o projeto de construção que está em vigor no país”, afirmando que vai se empenhar pela reeleição de Dilma.
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