Lobão diz que Vale precisa “contribuir mais” com a União e que aço é necessário

Ministro esquenta discussão sobre interferência política ao afirmar que mineradora deve se esforçar para se alinhar ao Governo

Julia Ramos M. Leite

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SÃO PAULO – Apesar do Governo ter negado repetidas vezes que tenha interferido politicamente para retirar Roger Agnelli da diretoria da Vale (VALE3, VALE5), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta segunda-feira (4) que o Planalto gostaria de ter a mineradora “mais alinhada e colaborando” com a União.

“A Vale precisa contribuir mais fortemente com o desenvolvimento do País”, disse Lobão a jornalistas em evento realizado em Brasília. “Portanto, a Vale, que é uma empresa brasileira, da qual temos todo orgulho, é a segunda maior empresa brasileira, depois da Petrobras (PETR3, PETR4), precisa contribuir mais fortemente com o desenvolvimento interno”, afirmou.

A questão do aço
A ingerência política na mineradora recebeu críticas com a oficialização da saída de Agnelli do cargo depois de diversos atritos com o Governo de Lula – entre eles, a falta de investimento da segunda maior mineradora do mundo em siderurgia.

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Na última semana também surgiu o rumor de que, além da troca do CEO, o Governo estaria estudando uma tributação sobre o minério de ferro e diminuição dos impostos sobre o aço, o que seria outra maneira de “empurrar” a Vale para a siderurgia, em um momento bastante desfavorável para o setor.

O Governo negou a informação – mas Lobão afirmou nesta segunda que uma maior produção de aço por aqui seria “conveniente e necessária ao povo brasileiro”.

Atritos minimizados
Apesar disso, Lobão amenizou os desentendimentos de Agnelli com a gestão Lula. “Ele tem um contrato com os acionistas até maio deste ano. A saída dele não deve ser considerada um episódio anormal, porque não é anormal. É um profissional da maior categoria, cumpriu bem o seu papel”, disse o ministro.

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