“Listão do BTG” traz as vencedoras e perdedoras da Bolsa com Temer presidente

A seleção de papéis do banco contempla um cenário de potencial reversão de impostos e subsídios com o novo governo

Paula Barra

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SÃO PAULO – O BTG Pactual reforçou nesta semana sua recomendação “overweight” (desempenho acima da média) para o Brasil. Para os analistas do banco, há grandes chances de reformas serem aprovadas no curto prazo, o destravaria novas altas na Bovespa. 

Os primeiros ajustes precisariam vir do lado fiscal e, por isso, os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, que assinam o relatório do banco, acreditam que há um potencial de reversão de impostos e subsídios com novo governo. 

Diante desse novo contexto, eles listaram suas possíveis ações “vencedoras e ganhadoras” da Bolsa. Confira abaixo:

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1) Desoneração da folha de pagamento
O governo anterior concedeu desoneração da folha de pagamento em troca de imposto sobre venda bruta. Embora ano passado tenha ocorrido uma redução parcial do benefício, os analistas do BTG acreditam 
que o atual governo pode aumentar novamente o imposto sobre venda bruta pago ou reverter as desonerações por completo. A medida teria um potencial de R$ 15 bilhões por ano no fiscal, estimam. 

Nessa linha, as grandes impactados seriam: Linx (LINX3), Totvs (TOTS3), WEG (WEGE3), Marcopolo (POMO4), Randon (RAPT4), Iochpe-Maxion (MYPK3), Tupy (TUPY3), as varejistas e as construtoras Gafisa (GFSA3),  PDG Realty (PDGR3) e MRV Engenharia (MRVE3).

2) Fim do JCP
Volta ao radar do mercado também a possibilidade de ser aprovado o fim do juros sobre capital próprio. Segundo cálculos do BTG, a medida traria um potencial de R$ 7 bilhões para o fiscal. 

Entre as ações que tendem a sofrer com isso, os analistas destacam: Telefônica Brasil (VIVT4), Gerdau (GGBR4), Duratex (DTEX3), Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3), M.DiasBranco (MDIA3), Localiza (RENT3), Marcopolo (POMO4), Transmissão Paulista (TRPL4), Eletropaulo (ELPL4), Vale (VALE3; VALE5), os bancos e as seguradoras. 

3) Fies
Os analistas do BTG não esperam grandes mudanças no programa, dado que o governo anterior já realizou fortes ajustes. Ainda assim, eles veem a Kroton (KROT3) como a mais bem posicionada em um cenário de piora das condições do Fies, citando a alta exposição da empresa ao ensino à distância. 

4) Redução do Faixa 1 do MCMV
Para o BTG, há espaço para a
 Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida ser reduzida ou até descontinuada, mas isso deve afetar “muito pouco” as companhias Cyrela e Direcional(CYRE3 e DIRR3). Os analistas ressaltam que essas empresas já têm migrado para outras faixas do programa. As faixas 2 e 3 devem permanecer, uma vez que são financiadas pelo FGTS, além do forte apelo empregatício aqui, comentam.

5) Lei do Bem
Apesar do governo anterior não ter aprovado a MP 694, que propõe eliminação da Lei do Bem, não seria surpresa se voltasse esse tema, comentaram os analistas do BTG.

Nesse caso, as ações impactadas aqui, comentam, seriam: Linx (LINX3), Totvs (TOTS3), Embraer (EMBR3), Marcopolo (POMO4) e Weg (WEGE3).

6) Aumento da Cide
Diante do impopular retorno da CPMF, o governo pode usar como alternativa para o fiscal o aumento da Cide. A equipe de análise do BTG estima um
 potencial de R$ 10 bilhões ao ano com a medida. Atualmente, a Cide está em R$ 0,10 por litro, contra R$0,28 por litro em 2008.

Segundo os analistas do banco, quem se beneficiaria desse cenário seriam: as ações da Cosan (CSAN3) e São Martinho (SMTO3). 

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