Líderes mundiais expressam pesar por morte de Chávez

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita à Argentina que estava programa para esta semana para participar do funeral de Chávez

Reuters

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Presidentes e autoridades de diversos países expressaram pesar pela morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na última terça-feira (5) em Caracas, depois de uma luta de quase dois anos contra o câncer.

Da Organização das Nações Unidas a Buenos Aires, líderes políticos de várias partes do mundo prestaram condolências ao povo e às autoridades venezuelanas pela morte do carismático líder socialista, que governou a Venezuela por 14 anos.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, ofereceu suas “mais profundas condolências” ao povo venezuelano durante encontro com jornalistas.

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Na mesma reunião, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse: “É uma tragédia, foi um grande político.”

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita à Argentina que estava programa para esta semana para participar do funeral de Chávez, disseram fontes do Planalto.

Durante um evento com trabalhadores rurais em Brasília, ela pediu um minuto de silêncio em homenagem a Chávez, a quem descreveu como um “grande latino-americano” e um “amigo do povo brasileiro.”

“O presidente Hugo Chávez deixará no coração, na história e nas lutas da América Latina um vazio. Lamento como presidente da República e como uma pessoa que tinha por ele grande carinho”, disse.

“Reconhecemos nele uma grande liderança, uma perda irreparável e, sobretudo, um amigo do Brasil”, acrescentou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter recebido a notícia da morte de Chávez com tristeza e destacou em nota o “orgulho de ter convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo”.

“Tenho a confiança de que seu exemplo de amor à pátria e sua dedicação à causa dos menos favorecidos continuarão iluminando o futuro da Venezuela”, disse Lula em nota.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que os Estados Unidos estão interessados em começar uma nova relação com a Venezuela após a morte do líder socialista.

“Nesse momento desafiador da morte do presidente Hugo Chávez, os Estados Unidos reafirmam seu apoio ao povo venezuelano e seu interesse em desenvolver uma relação construtiva com o governo venezuelano”, disse Obama em comunicado.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, suspendeu sua agenda desta semana e deve viajar a Caracas para o funeral do líder venezuelano, que acontecerá na sexta-feira.

Em Lima, o presidente Ollanta Humala expressou sua solidariedade com o povo venezuelano e à família de Chávez.

“Queremos expressar nossa profunda… dor a nossos irmãos na Venezuela, queremos dizer o mesmo também à família e amigos de Hugo Chávez, e dar-lhes um grande abraço de solidariedade, em nossa solidariedade bolivariana, da América do Sul, da América Latina”, disse Humala.

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, em uma mensagem na rede social Twitter, escreveu: “Grande dor em toda América. Se foi um dos melhores. Até sempre Comandante: junto a Nestor (Kirchner) nos levarão à vitória do povo”.

O governo do Paraguai expressou suas “mais profundas condolências ao povo da Venezuela” e transmitiu suas condolências aos familiares de Chávez.

No Chile, o presidente Sebastián Piñera admitiu manter “diferenças” com Chávez, “mas eu sempre soube apreciar a força, o compromisso com o qual o presidente Chávez lutou com seus ideais.”

“Quando a doença se agravou e ele teve que retornar à Cuba, eu o telefonei e me lembro que me disse muitas coisas, e me lembro que me disse que se tinha que enfrentar a morte queria que fosse em sua pátria, em sua Venezuela amada.. talvez sentia que a luta pela vida estava chegando ao fim e queria terminar seus últimos dias em sua pátria.”

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que a morte de Chávez “era um resultado previsível, mas a surpresa e a dor são grandes porque perdemos um amigo.”

“Espero um gesto de grandeza do povo (da Venezuela), que deve ultrapassar uma etapa difícil”, acrescentou Mujica.

O Ministério das Relações Exteriores do Uruguai emitiu um comunicado dizendo que “apesar de seu desaparecimento físico, o exemplo, o legado e a semente de unidade semeada por Hugo Chávez continuará vivendo nos povos latino-americanos.”

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, também se juntou às manifestações de pesar pela morte do líder venezuelano: “Lamento a morte do presidente Hugo Chávez. Minhas mais profundas condolências à sua família e ao povo venezuelano”, disse ele em mensagem no Twitter.

Em Bogotá, a chanceler colombiana, María Angela Holguín, expressou “profunda tristeza”.

“Nós trabalhamos bem com o presidente Chávez, creio que foi nestes dois anos uma relação muito boa, onde o relacionamento com a Venezuela avançou bastante bem … foi um apoio significativo para o processo de paz em que estamos” com a guerrilha Farc.

O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, lamentou a morte de “este grande líder que a América Latina perdeu”.

A Bolívia declarou sete dias de luto nacional e o presidente Evo Morales disse que viajará na quarta-feira a Caracas para prestar homenagem ao falecido líder venezuelano.

“Estamos sofrendo, estamos acabados com a morte do companheiro irmão Hugo Chávez Frías, um irmão solidário, um revolucionário companheiro, um latino-americano que lutou por seu país, pela pátria grande, como Simon Bolívar, um companheiro que deu toda a sua vida para a libertação do povo da Venezuela, do povo latino-americano e de todos os anti-imperialistas e anti-capitalistas do mundo”, disse Morales.

Além de Morales, vários presidentes latino-americanos estão programados para viajar para Caracas nas próximas horas para se despedir do líder venezuelano.

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