Líderes do “Centrão” entram em acordo para apoiar Geraldo Alckmin

Apesar de bem encaminhado, o acordo ainda precisa ser confirmado pelos partidos nas respectivas convenções nacionais, até 5 de agosto

Marcos Mortari

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016 na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – Lideranças políticas do chamado “Centrão”, grupo no momento composto por DEM, PP, PRB, Solidariedade e, mais recentemente, PR, chegaram a um acordo, nesta quinta-feira (19), para apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República. Caso a aliança seja confirmada, o tucano terá à disposição cerca de 3 minutos adicionais em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos de tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Além disso, cresce o potencial de capilaridade da candidatura.

Apesar de bem encaminhado, o acordo ainda precisa ser confirmado pelos partidos nas respectivas convenções nacionais, que terão de ser realizadas até 5 de agosto, prazo determinado pela legislação eleitoral. De acordo com um deputado do PP que não quis ter a identidade revelada, o partido segue com divisões internas, mas falou mais alto na tendência de apoio a Alckmin o risco de extremismos na corrida presidencial. Segundo ele, ainda é cedo falar em apoio efetivo ao ex-governador pelas bancadas estaduais da legenda, o que dependerá da dinâmica das pesquisas.

O martelo teria sido batido em reunião realizada entre Alckmin e lideranças do grupo, em São Paulo. O tucano tinha programada para hoje uma viagem a Montes Claras (MG), que acabou adiada. O anúncio da aliança deve ser feito na próxima semana. Até lá, eventuais divergências em palanques estaduais devem ser discutidas. Segundo maior colégio eleitoral do País, Minas Gerais é uma das principais questões em aberto. Embora dê força à candidatura do tucano, a notícia não garante apoio automático de bancadas estaduais das legendas do “centrão”.

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Segundo jornais, o acordo envolveu um compromisso de Alckmin em estudar uma forma de compensar o fim do imposto sindical para garantir a sobrevivência dos sindicatos. Além disso, o tucano também teria recebido positivamente o nome do empresário mineiro Josué Gomes como vice.

Nem mesmo a proximidade de figuras do PP e do Solidariedade com o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) evitaram a aliança com o adversário do pedetista. Além do atendimento às demandas das legendas pela candidatura de Alckmin, parlamentares chegaram a fazer referência à verborragia de Ciro e a ausência de “filtro” em suas declarações. Outro ponto de entrave nas relações para alguns membros do bloco seria a agenda econômica do ex-governador do Ceará.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.