Líder de caminhoneiros critica PEC dos Auxílios e cobra respeito do governo

Ele alega que o dinheiro que será repassado à categoria não é suficiente para cobrir os gastos com o diesel mais alto

Anderson Figo

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A PEC dos Auxílios, que cria e amplia programas sociais a menos de três meses das eleições, repercute negativamente entre caminhoneiros. A Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores) divulgou nota nesta sexta-feira (8) chamando a proposta de “PEC da esmola”.

“Mil reais não resolvem o problema dos caminhoneiros autônomos, é uma afronta a nossa inteligência, é uma tentativa clara de comprar o direito mais digno de um cidadão que é o seu voto”, escreveu o presidente da Abrava, Wallace Landim.

Ele alega que o dinheiro que será repassado à categoria não é suficiente para cobrir os gastos com o diesel mais alto. “É uma falta de respeito”, diz. “Queremos saber qual o estoque de diesel disponível no Brasil? Qual a previsibilidade de aumentos dos combustíveis (gasolina, diesel e gás de cozinha) em face do aumento do dólar?”, completa.

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O líder dos caminhoneiros citou ainda que houve mudanças no cargo de presidente da Petrobras, mas que o PPI “continua firme e forte” — referindo-se à política de paridade de preços praticada pela estatal em relação à cotação do petróleo no mercado internacional.

“Por favor, presidente [Bolsonaro], não duvide de nossa inteligência, caminhoneiro não precisa de esmola, precisa de respeito, somos nós que carregamos o Brasil nas costas”, concluiu Landim.

Entre os caminhoneiros, Bolsonaro tem amplo apoio. A categoria foi importante nas eleições de 2018 para o atual chefe do Executivo, mas tem se mostrado insatisfeita com o aumento contínuo nos preços do diesel.

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Depois de passar pelo Senado, o texto-base da PEC dos Auxílios foi aprovado ontem (7) por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e, agora, segue para votação em plenário.

A proposta abre R$ 41,25 bilhões em créditos extraordinários, e institui um estado de emergência no país até o final do ano — na prática, permite que o governo fure o teto de gastos.

O governo Bolsonaro corre contra o tempo para concluir a tramitação da matéria no Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho, e operacionalizar os benefícios, na tentativa de fazer com que seus efeitos sejam percebidos pelos eleitores a tempo do pleito.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.