Levy nega que governo tenha falhado e pede responsabilidade de todos

"Se você faz, você colhe resultados. Se ficar na dúvida, se perguntando se vai ser muito difícil, você as vezes colhe resultados que são até dissabores", disse o ministro ao Jornal da Globo

Reuters

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SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, rejeitou a ideia de que o governo falhou ao não conseguir evitar que o Brasil perdesse o grau de investimento, e disse que chegou o momento de todos assumirem responsabilidade pelo ajuste fiscal, para evitar custos maiores para o país.

“Eu não acho que houve falha. Existe um problema difícil e um problema que só vai ser vencido se as pessoas olharem com responsabilidade”, disse o ministro em entrevista ao Jornal da Globo, da TV Globo, na madrugada de quinta-feira.

“A gente tem dado um diagnóstico verdadeiro, transparente e agora as pessoas têm que tomar as suas responsabilidades, em todos os níveis.”

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Na quarta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota brasileira para BB+, retirando do país o selo de bom pagador. O corte na nota veio 10 dias após o governo apresentar uma proposta orçamentária para o próximo ano com um déficit de 30,5 bilhões de reais, diante da dificuldades em aprovar medidas para reequilibrar as contas e da queda da arrecadação.

“Se você faz, você colhe resultados. Se ficar na dúvida, se perguntando se vai ser muito difícil, você as vezes colhe resultados que são até dissabores”, disse o ministro.

Levy disse que dentro de algumas semanas, após discussões com o Congresso, empresários e a população, o governo vai apresentar medidas para requilibrar o orçamento do próximo ano.

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“A gente vai ter que fazer escolhas. Qual vai ser exatamente o imposto, quanto vai ser, quanto vai ser exatamente o corte, a gente vai conversar… e depois dessas conversas a gente vai propor. Eu acho que nas próximas semanas o governo vai ter que fazer isso com muita clareza”, disse o ministro.

Levy também ressaltou a importância de o Congresso aprovar medidas que possam resultar em redução dos gastos do governo, como por exemplo com a Previdência.

“Se não aprova, a nossa dívida piora, o nosso crédito vai diminuir. O que aconteceu hoje (rebaixamento) vai diminuir o crédito para as empresas, vai diminuir o crédito para as pessoas. Então é preciso decidir, se a gente não tem coragem de decidir , você vai empurrando, empurrando, cada vez é mais caro de fazer.”

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