Levy em crise, tragédia grega e a volta (ou não) da CPMF: as frases que marcaram a semana

Esta semana foi marcada pela Ata do Copom, a crise de identidade de Levy e o cenário sombrio - ou nem tanto - para a economia brasileira; confira as principais frases da semana

Lara Rizério

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SÃO PAULO –  A semana acabou e, mais uma vez, foi bastante movimentada. Mais uma vez, o cenário político roubou a cena, ainda mais com o Congresso do PT e as falas de ministros e da presidente Dilma Rousseff sobre o cenário brasileiro e internacional (sendo muitas delas polêmicas). 

Aliás, um dos grandes pontos de discussão foi sobre “quem seria” o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Ele chegou a ser chamado de Judas, Jesus e São Cristóvão (esse por ele mesmo) só nesta semana. Pelo jeito, o apelido de “Levy mãos de tesoura” ficou um pouco para trás…

Já no cenário internacional, uma suposta fala de Barack Obama chamou a atenção enquanto que, na Grécia, o impasse continuou. Confira abaixo as principais frases da semana:

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Crise, que crise? Só se for lá fora…

“Eles estão inconformados de que nós temos lá um governo que há 12 anos tem atuação ideológica e política comprometida com os trabalhadores”.
Manoel Dias, ministro do Trabalho, ao dizer que os “neoliberais” e o ódio de classe afetam a economia. 

“Quem está em crise hoje é o mundo. Não somos nós”, 
o mesmo ministro, agora falando sobre a crise econômica mundial.

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“Naquele momento, foi sim, senhor. Mas depois a marola se acumula e vira uma onda”
presidente Dilma, justificando porque a crise passou de marolinha para onda. “Sabe por que ela vira onda? Porque o mar não serenou.”

“Não acho que a população tem de consumir menos, pelo contrário, tem de continuar consumindo.”
a mesma Dilma, ao atacar a inflação e se mostrar preocupada com o assunto, mas defender o consumo das famílias.

“O Brasil, com o seu escândalo de corrupção no topo das atenções, tem tido pouca sorte, afundando no crescimento negativo”
Kaushik Basu, economista-chefe do Banco Mundial, no relatório “Perspectiva Econômica Global”em que reduziu a previsão para o crescimento da economia brasileira de contração de 1% para 1,3% em 2015. 

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E por falar em inflação…

“Os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes”.
Ata do Copom, que convenceu muita gente que o ciclo de alta da Selic, atualmente em 13,75% ao ano, continuará por algum tempo.

“IPCA de maio significativamente acima do esperado e a sinalização da ata de hoje (ontem) nos convenceram de que o ciclo de aperto monetário deve continuar na próxima reunião do Copom”
Itaú Unibanco, um dos convencidos de que a Selic seguirá subindo. Logo após a divulgação do Copom, o banco destacou que o BC seria convencido a parar os juros em 13,75% em meio à queda da atividade econômica.

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A crise de Levy (de identidade, no caso)

“Não se pode fazer isso, criar um Judas”.
Dilma Rousseff, presidente da República, em entrevista ao Estado de S. Paulo, dizendo que é injusto e errado tratar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como um Judas. 

“Ele tem de ser tratado como Cristo. Sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo magnífico, um exemplo extraordinário para todo mundo”
Michel Temer, vice-presidente, ao destacar que Levy tem que ser tratado como Cristo

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“Agora sou São Cristóvão, que é o santo dos transportes”.
O próprio Joaquim Levy, decidindo quem ele é no dia da divulgação do pacote de infraestrutura no valor de R$ 198,4 bilhões

E o cenário externo? Não ficou para trás

“Não sabemos o que fazer agora, pois simplesmente nunca estivemos aqui antes”.
Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, resumirndo o atual cenário para os formuladores de política econômica durante evento realizado pela casa de research Empiricus nesta semana. 

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“Dólar forte é um problema”.
Suposta declaração de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, aos países do G7 que fez o dólar cair pelo mundo na última segunda-feira. Mais tarde, a Casa Branca negou que Obama tivesse dado essa declaração, o que amenizou as quedas.

“Não há mais espaço nem tempo para jogar. Receio que nos próximos dias alguém lhes diga que o jogo acabou”
Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, sobre a Grécia, em meio ao impasse sobre a negociação da dívida do país com credores. 

“As exportações do minério de ferro não são viáveis a preços atuais”
André Gerdau Johannpeter, CEO (Chief Executive Officer) da Gerdau (GGBR4), em entrevista à Bloomberg antes do Gerdau Day. Para ele, os preços do minério de ferro precisam ir para faixa entre US$ 85 e US$ 90 a tonelada para viabilizar as exportações. 

Voltando ao Brasil, o Congresso do PT…

 “Há dez anos que os jornalistas decretam a morte do PT. O PT continua vivo e muito preparado para novos debates, novos combates. Machucado sim, mas bem vivo”
Lula, ex-presidente da República, durante o 5º Congresso do PT, realizado em Salvador, na Bahia

“Nós não mudamos de lado”, 
Dilma, no mesmo Congresso, ao defender o ajuste fiscal, mas afirmar que não alterou os compromissos com a população.

“Devemos desencadear uma reação vigorosa em todo o território nacional, mobilizando a militância contra os que tentam nos destruir.”
Rui Falcão, presidente do PT, defendendo a mobilização do partido durante o evento. 

… e a volta (ou não) da CPMF

 “É preciso dar sustentabilidade ao sistema”, 
Arthur Chioro, ministro da Saúde, ao defender a volta da CPMF (Contribuição sobre Movimentações Financeiras) e dizer que já havia conversado com diversos governadores. Ele afirmou que a proposta é que haveria um piso para a incisão do imposto.

“Não há perspectiva pelo que eu esteja vendo. Eu não estou cogitando”.
Levy, contrariando poucas horas depois a fala de Chioro. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.