Lava Jato: juiz Sérgio Moro condena ex-diretor da Petrobras, Youssef e mais seis

Na sentença em que condenou Costa e Youssef, Moro destacou que "sem o recurso à colaboração premiada, vários crimes complexos permaneceriam sem elucidação e prova possível"

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A Justiça Federal condenou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro por desvios de recursos na construção da refinaria de Abreu e Lima, localizada em Pernambuco.  Ele cumprirá sete anos e seis meses de prisão. Atualmente, Costa cumpre prisão domiciliar, que serão descontados da pena, assim como o tempo em que ele ficou preso na sede da Polícia Federal. 

Alberto Yousseff foi condenado, mas pela prática de lavagem de dinheiro relativo a aquisição de um veículo: “Alberto Youssef é reincidente, mas o fato será valorado como circunstância agravante. As provas colacionadas neste mesmo feito, inclusive por sua confissão, indicam que passou a dedicar-se à prática profissional de crimes de lavagem, o que deve ser valorado negativamente a titulo de personalidade”, disse o juiz federal Sérgio Moro na sentença.

O doleiro foi condenado a nove anos e dois meses de reclusão por essa e outras práticas envolvendo lavagem de dinheiro. Mas, por conta da delação, o juiz destacou que o doleiro deverá cumprir três anos da pena em regime fechado mesmo que seja condenado por outros crimes.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Além dos dois personagens centrais do esquema de corrupção na estatal, outros seis investigados foram condenados. Dentre eles, Márcio Andrade Bonilho e Waldomiro de Oliveira, do Grupo Sanko Sider, condenados pelo crime de pertinência a organização criminosa envolvendo a mesma refinaria.

Na sentença em que condenou Costa e Youssef, Moro destacou que “sem o recurso à colaboração premiada, vários crimes complexos permaneceriam sem elucidação e prova possível. Em outras palavras, crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos”.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.