Justiça eleva bloqueio de bens de financiadores de atos golpistas para R$ 18,5 milhões

Pedido foi feito pela Advocacia Geral da União, após Planalto e STF divulgaram estimativas de danos causados por golpistas

Luís Filipe Pereira

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) promovem quebra-quebra em Brasília (Foto: Agência Brasil)

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A Justiça Federal acatou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e aumentou para R$ 18,5 milhões o valor do bloqueio de bens de suspeitos de financiar atos golpistas em Brasília, em 8 de janeiro, quando houve a invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

Anteriormente, a partir de relatórios preliminares sobre prejuízos ao Senado Federal e Câmara dos Deputados, a AGU havia obtido o bloqueio de R$ 6,5 milhões de 52 pessoas e sete empresas suspeitas de terem contratado o fretamento de transporte para que os vândalos chegassem à capital federal.

Segundo a AGU, o pedido de elevação do valor se justifica após o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal também apresentarem estimativas dos prejuízos causados pela ação dos bolsonaristas radicais. Nos dois edifícios, os danos chegam à casa dos R$ 13,8 milhões. Na Câmara dos Deputados, o levantamento dos danos foi corrigido para R$ 1,1 milhão, acrescentando que o levantamento para restauração das obras de arte danificadas estão em andamento.

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No mesmo pedido, a AGU pediu o desbloqueio dos bens de Terezinha de Fátima Issa da Silva, moradora de Caxias do Sul (RS), citada por engano no processo. Em seu lugar, foi pedido o bloqueio de bens de Sheila Ferrarini, da mesma cidade gaúcha. De acordo com a medida cautelar divulgada pela AGU, “por equívoco administrativo interno da empresa, a nota fiscal que foi enviada para a ANTT saiu em nome de pessoa diversa da contratação do serviço de transporte”.

De acordo com a AGU, ao realizar a contratação dos ônibus que transportaram até a capital federal os vândalos, as sete empresas e 52 pessoas citadas na petição também assumiram responsabilidade pelos atos de violência e depredação do patrimônio público.

A petição destacou o papel dos envolvidos para que o ataque aos prédios símbolos dos Três Poderes tomasse grande proporção e implicasse diretamente em uma ameaça ao regime democrático, apontando que “a aglomeração de pessoas com fins não pacíficos só foi possível graças ao financiamento e atuação das pessoas listadas”.

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“Os réus tiveram papel fundamental, para não se dizer central, na formação dessa multidão e por consequência na própria perpetração dos atos subsequentes, na medida em que, como já pontuado, financiaram/patrocinaram a contratação de ônibus para transporte de manifestantes até a cidade de Brasília, sendo que a partir desse transporte e aglomeração de manifestantes é que se desenrolou toda a cadeia fática que culminou com a invasão e depredação de prédios públicos federais”, diz o documento.

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