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SÃO PAULO – Em meio a confusão desta terça-feira (6) no mundo político nacional, o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), se pronunciou sobre a decisão da Casa de não obedecer a liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência. Segundo ele, “a decisão da Mesa não se confronta com o Supremo”.
“Não quero ser Michel Temer nem (Waldir) Maranhão”, disse Viana, em referência ao atual presidente Michel Temer (PMDB), que era vice da ex-presidente Dilma Rousseff, retirada do poder por um processo de impeachment, e a Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu a presidência da Câmara após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo Supremo.
Além disso, o senador petista disse que não se considera presidente do Senado e que vai esperar a decisão do plenário do STF, que tem sessão marcada para esta quarta-feira (7), às 18h (horário de Brasília) para definir o assunto. “Cancelei a sessão, amanhã é outro dia. Não podemos pensar em pauta neste momento”, disse Viana.
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Vale destacar que Viana assinou o documento que decidiu por manter Renan no cargo. Mais cedo, Renan declarou que vai “aguardar a decisão do [plenário do] Supremo” sobre seu afastamento do cargo. “Há uma decisão da Mesa Diretora do Senado que precisa ser observada do ponto de vista da separação dos poderes”, defendeu.
Em pronunciamento, o presidente do Senado criticou a medida de Marco Aurélio Mello de afastá-lo da presidência da Casa. “Ao tomar uma decisão para afastar, a nove dias do término do mandato, um presidente do Senado Federal, chefe de um poder, por decisão monocrática, a democracia, mesmo no Brasil, não merece esse fim”, disse.
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