Joesley chama Temer de “ladrão geral da República” e incapaz de se defender

Empresário rebateu nota do presidente em que critica as delações de Funaro e da JBS

Lara Rizério

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SÃO PAULO  – Em nota divulgada na madrugada deste sábado (2), o empresário dono da JBS, Joesley Batista, rebateu as críticas do presidente Michel Temer, que o chamou de “grampeador da República”. Na nota, de apenas quatro linhas, Joesley chama Temer de “ladrão geral da República” e diz que o presidente não consegue se defender dos seus crimes. 

“A colaboração premiada é por lei um direito que o senhor presidente da República tem por dever respeitar. Atacar os colaboradores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer defesa dos crimes que comete. Michel, que se torna ladrão geral da República, envergonha todos nós brasileiros”, afirma o empresário na nota. Na delação, Joesley acusou Temer de receber propina da sua empresa por meio do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.

Ontem, por meio de nota, Temer criticou o acordo de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, que foi reenviado ontem (31) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e também criticou Joesley.

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 O presidente contestou as notícias de que o empresário estaria“refazendo” a delação premiada. “Pegos na falsidade pela Operação Bullish, [os irmãos Joesley e Wesley Batista] não tiveram a delação anulada, mas puderam, camaradamente, ‘corrigir’ suas mentiras ao procurador-geral. Sem um puxão de orelhas sequer.” diz a nota.

“Outro agravante é o fato de o grampeador-geral da República ter omitido o produto de suas incursões clandestinas do Ministério Público. No seu gravador, vários outros grampos foram escondidos e apagados. Joesley mentiu, omitiu e continua tendo o perdão eterno do procurador-geral. Prêmio igual ou semelhante será dado a um criminoso ainda mais notório e perigoso como Lúcio Funaro?”, questiona a nota do presidente.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.