Joaquim Barbosa volta a falar no Twitter após decisão de Renan: “um vexame após o outro!”

Mais cedo, ex-presidente do STF comentou que o mundo inteiro deve ver o Brasil como motivo de chacota neste momento

Lara Rizério

SÃO PAULO – O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa voltou a usar a sua conta oficial no Twitter nesta segunda-feira (9) para comentar a decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) de prosseguir com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Minutos após a decisão de Renan, Barbosa comentou: “Bem, eu avisei!… (…) Pois é. Aí está, exposta ao mundo, a nossa triste e pobrezinha guerra de facções. Um vexame após o outro!”

Entre esses dois tuítes, o ex-ministro do Supremo postou: “alguém se lembra dos tweets que postei há cerca de três semanas?”. No dia 19 de abril, Barbosa postou tuítes em que criticava os votos dos deputados e falava: “é de chorar de vergonha! Simplesmente patético!” E continuava: “anotem: ainda teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história”. No dia 21, ele afirmou ainda que o impeachment é uma bomba. “É um mecanismo legítimo, mas traumático; necessário, mas deve ser usado com precisão quase científica”, destacou.

Nesta segunda-feira, mais cedo, Barbosa comentou que o mundo inteiro deve ver o Brasil como motivo de chacota neste momento. “Dificilmente a inesperada decisão de Waldir Maranhão (PP-MA) escapará ao crivo do STF, qualquer que venha a ser o seu desfecho”, disse Barbosa. Para ele, a decisão de Maranhão aponta “vícios jurídicos” no rito do processo de impeachment. Ou seja, a anulação deveria partir do próprio STF e não do presidente da Câmara. 

No fim da manhã, Waldir Maranhão (PP-MA) anulou a sessão da Câmara que aprovou a continuidade do processo, o que provocou fortes efeitos no mercado financeiro, decisão esta que foi “ignorada” por Renan, que optou por manter o processo. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.