Joaquim Barbosa: há crise na Presidência e falta alguém para dizer a verdade ao povo

O ex-ministro do STF ainda disse ao GloboNews que não pensa em entrar para a política: "acho que não tenho vocação"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista para a GloboNews, exibida ontem à noite, o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, afirmou ao jornalista Roberto D’ávila que “há uma crise na presidência da República” e que, apesar das instituições de controle do Estado, como o Judiciário e o Ministério Público, estarem funcionando, parte das instituições não está funcionando. 

“E a que menos funciona, a meu ver, é a mais importante delas, a Presidência da República. Acho que há uma crise na Presidência da República. No nosso sistema político a Presidência é o centro de gravidade. O presidente é o catalisador de todas as ações, ele se comunica diretamente com a nação, esse é o seu papel mais importante. Isso não ocorre no Brasil.” 

Para Barbosa, “o Brasil precisa de lideranças políticas lúcidas, com uma visão muito clara de sociedade e do que precisa ser feito para mudar o país, para completar essa formação inacabada do Estado”. Segundo ele, falta alguém para dizer a verdade para o brasileiro.

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“Não vejo, tanto na ala governamental quanto na oposição, a liderança lúdica que dê a direção correta”, disse. 

O ex-ministro ainda disse que não pensa em entrar para a política: “acho que não tenho vocação para política. Nunca gostei, nem mesmo na época de estudante. Acho que sou uma pessoa livre demais para dar esse passo.”

Sobre a ação de julgamento do mensalão, Barbosa afirmou que as pressões contra ele não o abalaram, mas a questão racial chamou a sua atenção: “fazia o que qualquer juiz sério naquela posição teria que fazer. Era um mero executor de decisões coletivas. Estou convicto de que por trás daqueles ataques insensatos, violentos estava a velha questão racial”.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.