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SÃO PAULO – A decisão do governo venezuelano de se declarar no comando da presidência do Mercosul com a vacância do cargo pelo Uruguai ao final da semana passada ampliou o impasse político regional. A posição adotada por Nicolás Maduro, a quem o cargo deveria pertencer pelo sistema de rodízio do bloco, foi contestada pela diplomacia brasileira e os governos de outros países-membros (caso de Paraguai e Argentina) por gerar incerteza.
Em carta enviada aos chanceleres de Uruguai, Paraguai e Argentina, o chanceler brasileiro, José Serra, manifestou o não reconhecimento da Venezuela como presidente do Mercosul. “O governo brasileiro entende que se encontra vaga a Presidência Pro Tempore do Mercosul, uma vez que não houve decisão consensual a respeito de seu exercício no período semestral subsequente”, dizia a carta. Nela, o ministro diz que o governo bolivariano não cumpriu algumas disposições consideradas essenciais para sua adesão definitiva ao bloco.
O tucano criticou também a decisão de deixar o cargo por parte do governo uruguaio, pressionado pela base da Frente Ampla, a despeito da tensão gerada na outra ponta por Brasil, Argentina e Paraguai. Lembra Serra que o rodízio na presidência do bloco regional deveria ter sido aprovado por consenso entre os sócios. O Brasil defendia que o Uruguai esperasse até pelo menos a metade do mês para se resolver o impasse da sucessão presidencial.
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