Irã pode contra-atacar e interromper oferta de petróleo à União Europeia

Parlamento iraniano pode criar lei que interrompe as exportações à Europa; preços da commodity podem subir até 30%

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Decidido a retaliar à União Europeia o embargo a sua produção petrolífera, o Parlamento Iraniano pode aprovar uma lei que congele imediatamente as exportações da commodity ao bloco econômico, informou a mídia local nesta quinta-feira (26).

Mais cedo na semana, a UE decidiu banir as compras de óleo bruto do Irã, a partir de 1º de julho, mais uma sanção em resposta ao programa nuclear do país. A janela de quase seis meses foi escolhida para dar tempo para que as economias do continente mais dependentes dessas importações encontrem alternativas à commodity iraniana.

Contra-ataque
O porta-voz do comitê de energia do parlamento do Irã, Emad Hosseini, afirmou que a nova lei já está sendo finalizada, e pode ser enviada para votação no domingo (29). Caso seja aprovada, imediatamente as vendas de petróleo aos europeus serão interrompidas, explicou à agência de notícias iraniana Mehr.

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Enquanto isso, Itália, Grécia e Espanha estão em tratativas com outros produtores do insumo, como a Arábia Saudita, a Rússia e o Iraque. A UE é um grande cliente do Irã, tendo adquirido uma média de 600 mil barris por dia durante 2011. Esse patamar representa quase 25% do total produzido no Oriente Médio.

Preço da commodity
Enquanto isso, os preços do combustível continuam subindo nos mercados. O principal deles, o Brent, chegou a atingir o patamar de US$ 110,89 por barril nesta sessão. O FMI (Fundo Monetário Internacional) enviou nota ao G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a UE, avaliando que esses valores podem ainda avançar entre 20% e 30% caso o embargo se concretize.

De acordo com o fundo, a punição do Ocidente aos iranianos, em quinto lugar entre os maiores produtores do mundo, pode trazer a oferta de petróleo no mundo a uma queda de 1,5 milhão de barris por dia.

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