Investidores veem bolsa até 125 mil pontos e dólar a R$ 3,30 com aprovação da reforma, aponta sondagem da XP

53% dos investidores institucionais ouvidos pela XP acreditam que uma reforma mais abrangente do que a proposta pelo governo anterior passará no Congresso

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O mercado está otimista sobre a reforma da Previdência e espera que o texto a ser aprovado pelo Congresso seja mais amplo do que o da proposta atual. Com isso, a expectativa é de que o governo de Jair Bolsonaro consiga passar uma reforma que gere mais economia em relação à proposta pelo governo de seu antecessor, Michel Temer. É o que aponta a sondagem feita pela XP Investimentos com 87 investidores institucionais, realizada entre 28 e 31 de janeiro. 

A maioria dos entrevistados (53%) espera que os parlamentares aprovem uma reforma mais abrangente que a proposta anterior do governo Temer, enquanto 25% preveem que seja pelo menos igual e 22% esperam uma reforma menor.  

A expectativa é ainda mais alta quando se trata do texto a ser enviado pelo governo ao Congresso – 79% dos entrevistados esperam uma proposta mais ampla do que a feita por Temer, enquanto 15% acreditam que será maior e apenas 6% avaliam que ela será igual. 

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Os entrevistados também mostram preocupações com o tema das reformas para os seus investimentos. 48% manifestaram preocupação com a aprovação da Previdência caso tenham ativos brasileiros nos próximos doze meses. 20% se disseram preocupados, 28% um pouco preocupados e apenas 5% se disseram nada preocupados. 

Já a probabilidade de que haverá aprovação da reforma em 2019 foi elevada, passando de 70% em dezembro para 75% agora.

E essa preocupação será refletida no mercado a depender do que passará da reforma – ou se ela não for aprovada. Caso ela não passe, a avaliação dos investidores é de que o Ibovespa cairia 23%, para 75 mil pontos, enquanto o dólar subiria 15% em relação ao patamar de R$ 3,65, indo para R$ 4,20 ao final de 2019.

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Por outro lado, se uma reforma na magnitude da apresentada por Temer for aprovada, o índice registraria valorização de 13% até o fim de 2019, para 110 mil, e o dólar subiria 2%, para R$ 3,60.

Já no cenário mais positivo para o mercado, com a aprovação de uma reforma gerando duas vezes a economia da proposta anterior, a bolsa poderia subir 29%, para 125 mil, e a divisa americana cairia 10%, para R$ 3,30.

Confira abaixo as perspectivas para o mercado com os cenários sem e com reforma da previdência. 

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Em relação ao cronograma de tramitação, 78% acreditam que o envio do projeto será ainda no primeiro trimestre de 2019, um aumento do otimismo frente os 63% do levantamento de dezembro. Para 72%, a primeira votação na Câmara acontecerá no segundo trimestre e 68% esperam que a votação ocorra até o terceiro trimestre. 

 

O mercado também está ficando mais otimista com relação à arrecadação com as privatizações. A expectativa é de que elas rendam R$ 300 bilhões em quatro anos. Em dezembro, a expectativa era de que esse valor alcançaria R$ 200 bilhões.

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Todo esse cenário, com perspectivas positivas para reformas e privatizações, leva a uma boa aprovação do atual governo na visão dos investidores: 86% acham que ele é ótimo/bom, 13% consideram regular e apenas 1% acredita que ele é ruim/péssimo. 

Os números são parecidos quando a pergunta é sobre como será o restante do governo: 86% avaliam que ele será ótimo/bom (ante 83% do levantamento anterior), enquanto 10% veem o governo regular, com baixa ante os 14% da última sondagem. Os que acreditam que o governo será ruim/péssimo passou de 4% para 3%.

A avaliação do Congresso registrou uma forte melhora em meio à mudança legislativa. Em dezembro, 63% acreditavam que o Congresso era ruim/péssimo, patamar que despencou para 18%. Contudo, apenas 23% acreditam que essa legislatura será ótima/boa, ante 13% do levantamento anterior. A maioria, 59%, vê o Congresso como regular, ante 24% da sondagem do mês anterior. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.