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SÃO PAULO – Em nota de esclarecimento divulgada na tarde da última segunda-feira (9) no perfil oficial do Facebook, o instituto Fernando Henrique Cardoso destacou que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre o esquema de corrupção da Petrobras são importantes, mas afirmou que “estranha a forma pela qual vem sendo tratada a informação de que a entidade recebeu aporte no valor de R$ 975 mil do grupo Odebrecht”.
“Basta o mais elementar bom senso para perceber o absurdo de supor que a doação feita à Fundação iFHC pudesse ter qualquer relação com o propósito de obter vantagens governamentais. Causa estranheza, portanto, que ela conste do relatório da PF que trata da corrupção na Petrobras”, afirmou o instituto.
Na última sexta-feira, laudo da Polícia Federal apontou que o instituto recebeu um total de R$ 975 mil do grupo Odebrecht. Entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012, foram feitos 11 pagamentos mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil.
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“Esse fato verídico consta de relatório da PF divulgado pela imprensa em 6 de novembro. O aporte, porém, nada têm a ver com as operações financeiras ora sob investigação da Polícia Federal e do Ministério Público na apuração de provas sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Como já explicado em nota anterior, o valor se refere a doações recebidas entre o final de 2011 e o término de 2012 e destinadas ao fundo de manutenção da Fundação”.
No laudo da PF, consta uma troca de e-mails entre a secretaria da presidência do instituto, um representante de uma entidade identificada como ‘APLA’ e um executivo da área cultural sobre uma possível palestra de FHC.
De acordo com o instituto, “o aporte feito pelo grupo Odebrecht, assim como todas as demais doações recebidas de pessoas físicas e jurídicas, estão devidamente registradas nos demonstrativos financeiros e contábeis da Fundação iFHC, auditados pela PWC até 2014 e, a partir deste ano, pela Grant Thornton”.
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A nota ressalta que desde sua criação, em 2004, a “Fundação já realizou cerca de 300 seminários, conferências e mesas redondas, produziu aproximadamente 40 publicações e recebeu em torno de 40 mil estudantes em sua exposição sobre a história da redemocratização política e estabilização econômica do Brasil”.
“Incluir essas doações no mesmo contexto de transações financeiras sob investigação é confundir fatos de naturezas inteiramente distintas, lançando suspeição infundada sobre uma entidade que atua de modo transparente e sob a supervisão da Curadoria de Fundações do Ministério Público de São Paulo”, conclui a nota.
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