Indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada em Washington é reprovada por 62%, mostra pesquisa

Segundo levantamento XP/Ipespe com a população, apenas 29% apoiam a ida do filho do presidente Jair Bolsonaro a um dos postos mais cobiçados da diplomacia brasileira

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de indicar o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada brasileira em Washington (EUA) encontra resistências não apenas no mundo político, mas também na opinião pública. É o que mostra a 11ª edição da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 5 e 7 de agosto.

Segundo o levantamento, 62% dos entrevistados reprovam a iniciativa do pesselista, contra 29% que se posicionaram a favor. Outros 6% classificam o movimento como indiferente. O posto na capital norte-americana, vago desde abril, é o mais cobiçado pela diplomacia brasileira e normalmente ocupado por diplomatas mais experientes.

Gráfico: Como os brasileiros avaliam a escolha de Eduardo Bolsonaro?

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A pesquisa ouviu 1.000 eleitores, de todas as regiões do país, através de ligações telefônicas conduzidas por operadores. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Vale ressaltar que as somas dos percentuais, em alguns casos, supera 100%, em função do arredondamento de casas decimais feito pelos autores do levantamento.

Os resultados foram assunto do último episódio do podcast Frequência Política, feito em parceria pela equipe de análise política da XP Investimentos e o InfoMoney. Você pode ouvir a íntegra pelo Spotify, Spreaker, iTunes, Google Podcasts e Castbox, ou então fazer o download clicando aqui.

Os Estados Unidos formalizaram, na última quinta-feira (8), o aval para indicação de Eduardo Bolsonaro para ser embaixador do Brasil em Washington – o chamado agrément, no jargão da diplomacia. A posição já era esperada, uma vez que o próprio presidente norte-americano, Donald Trump, já dirigiu elogios ao parlamentar brasileiro.

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Antes de assumir a posição, o deputado precisa ser sabatinado pelos membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal. Ao final, o colegiado decide se aceita a indicação, em votação secreta. Depois, o mesmo pedido, independentemente de aprovação ou rejeição da comissão, é analisado pelo plenário da casa legislativa, também em voto secreto com exigência de quórum de maioria simples.

O presidente Jair Bolsonaro indicou que pode formalizar o envio do nome do filho ao Senado no início da semana que vem. A indicação é alvo de polêmica, com acusações de nepotismo por críticos ao governo. Mas uma brecha na súmula do Supremo Tribunal Federal que trata da nomeação de parentes em cargos públicos permitiria tal movimento, já que não trata de nomeações de cargos de natureza política.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.