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SÃO PAULO – O jornal americano Washington Post destacou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em suas páginas, destacando que a petista insiste em dizer que o movimento de impeachment contra ela é “um golpe contra a democracia”. Porém, para a reportagem, o impeachment não é golpe.
Isso porque, segundo o WP, Dilma é acusada de violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto a votação na Câmara dos Deputados pela admissibilidade do processo foi feita de acordo com a Constituição. Agora, o Senado vai votar sobre a possibilidade de tirá-la do poder temporariamente. “Esta observância do Estado de direito não tem nada a ver com a tomada de poder por generais e outros nomes durante a história do Brasil e de outros países latino-americanos”, afirma o jornal.
Mas nem por isso o cenário não é de apreensão. De acordo com o jornal americano, a acusação contra Dilma é preocupante por uma série de razões e uma delas seria o fato de oferecer poucas perspectivas para acabar com a crise política do Brasil, ou encontrar alguma medida para resolver os profundos problemas econômicos da nação. Embora ela tenha violado a LRF, Dilma não é acusada no escândalo de corrupção da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
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Além disso, a maioria dos deputados que votou para acusar Dilma enfrenta processos, enquanto paira sobre o vice-presidente Michel Temer, que assume a presidência caso ela sofra o impeachment, a mesma acusação sofrida pela presidente, diz o jornal. Enquanto isso, o líder da campanha contra Dilma, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e segundo na linha de sucessão presidencial, é acusado de receber milhões de dólares em subornos e de ter enviado dinheiro para contas bancárias na Suíça.
O jornal aponta que é provável que o resultado final do impeachment seja uma continuação da crítica situação econômica que o país vive. Enquanto isso, promotores e juízes continuam com as investigações criminais que podem por em perigo um novo governo.
Neste cenário, para o jornal, o melhor recurso para o Brasil seriam novas eleições, algo que exigiria uma emenda constitucional ou a cassação da chapa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “Se isto não acontecer, a maior economia da América Latina pode ser condenada a passar os próximos anos em recessão e conflitos internos”, conclui a publicação.
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