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SÃO PAULO – Encerrado o julgamento e confirmado o impeachment de Dilma Rousseff, a Moody’s – última agência de rating a retirar o grau de investimento do Brasil – comentou que a saída da petista remove um elemento de incerteza política que pesou sobre a economia do país nos últimos meses.
Por outro lado, a instituição ressalta que Michel Temer ainda irá enfrentar desafios significativos na implementação das reformas necessárias para conseguir melhorar o perfil de crédito do Brasil.
Em relatório, a Moody’s destacou a agenda do novo presidente focada em reformas estruturais para restaurar a sustentabilidade fiscal e melhorar o sentimento do mercado. “Embora as propostas tenham surtido um impacto positivo na confiança empresarial, uma melhora tangível nas contas fiscais do Brasil ainda precisa se materializar”, destacou a agência.
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“O governo teve relativo sucesso ao passar algumas reformas no Congresso, mas os detalhes de propostas de reformas-chave, como a da previdência social, ainda precisam ser delineados”, afirmou Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody´s. “Além disso, a aprovação das reformas pelo Congresso exigirá consenso político, o que está longe de estar garantido”, completou.
Sobe a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto das despesas, a Moody’s ressalta que o cumprimento da proposta será extremamente difícil sem a reforma da previdência social, uma vez que os pagamentos de benefícios respondem atualmente por cerca de 40% das despesas federais. “Sem um aumento da idade mínima para a aposentadoria e a desindexação dos benefícios ao salário mínimo, outras despesas do governo terão de ser drasticamente reduzidas para garantir que o gasto público total seja consistente com o teto”, diz a agência.
Por fim, a Moody’s afirma que, se promulgadas, reformas estruturais fornecerão a base para que o governo estabilize os índices de endividamento, um acontecimento que a instituição vê como necessário para dar suporte a idoneidade creditícia do Brasil. “Em consequência, a capacidade da administração Temer de obter apoio no Congresso para as reformas será um fator determinante para a perspectiva de crédito do Brasil entre 2016-18”, conclui.
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