Impeachment de Trump? Entenda por que você precisa acompanhar o depoimento do ex-diretor do FBI

Testemunho pode levar ao processo de impeachment do presidente por obstrução de justiça em caso envolvendo invasão russa nas eleições

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Enquanto os brasileiros seguem atentos ao julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os americanos – e boa parte do mundo – se vira para o Senado nos Estados Unidos, onde ocorre o depoimento do ex-diretor do FBI, James Comey. Seu testemunho no Comitê de Inteligência pode mudar o futuro do presidente Donald Trump.

O mercado e a população norte-americana trata este evento como um dos mais importantes da história recente, já que pode desencadear um pedido de impeachment contra o presidente. Tudo isso porque Comey pode confirmar o que todos acreditam ter acontecido: Trump quis influenciar na investigação do FBI sobre ataques hacker russos nas eleições.

Comey estava no cargo de diretor há três anos e meio quando foi demitido de surpresa no dia 9 de maio. Em nota apresentada na ocasião, a Casa Branca disse que o diretor foi afastado do cargo pela forma como lidou com o inquérito conduzido sobre e-mails de Hillary Clinton enviados por uma conta particular durante sua gestão como secretária de Estado americana.

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Porém, a principal ideia defendida nos principais meios de comunicação dos EUA é que Trump o demitiu para esconder detalhes de uma possível relação que o presidente teria com a Rússia. As informações ainda são tratadas apenas como rumores, mas alguns veículos afirmam que Comey irá confirmar que o presidente pediu para encerrar as investigações.

E é exatamente esta declaração que pode mudar tudo. Parlamentares da oposição já disseram que se ele realmente confirmar esta informação, eles entrarão com um pedido de impeachment contra Trump por obstrução de Justiça. A questão é quais fatos o ex-diretor realmente irá tornar público. Nesta quarta, Comey adiantou sua fala inicial e já deu indícios da atuação do presidente no FBI (veja mais aqui).

Pesa contra Trump o fato de que Comey sempre foi um desafeto seu, com diversas críticas por parte do presidente sobre a atuação do diretor desde que venceu as eleições em novembro. Além disso, é conhecido que Comey tem o hábito de anotar praticamente tudo de suas reuniões, ou seja, ele se recorda dos detalhes do que foi conversado com Trump.

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O testemunho terá início às 11h (horário de Brasília) e os senadores devem fazer as principais perguntas logo no início. Além da declaração sobre possível obstrução, Comey deve ser questionado sobre o fato de não ter avisado destes fatos antes. O ex-diretor pode não abrir todas as informações que tem, mas se confirmar o pedido de Trump, é possível que outras denúncias se tornem públicas e as chances do republicano terminar o mandato serão drasticamente reduzidas.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.