Impasse no Congresso pode ser o principal risco para a economia dos EUA em 2012

País pode ficar sem ajustes fiscais caso Barack Obama seja reeleito sem a maioria parlamentar; déficit público preocupa corretora

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O maior risco percebido pelo Banco Fator Corretora a respeito da economia norte-americana no próximo ano é a ausência de um candidato viável do Partido Republicano para as eleições de 2012. De acordo com o economista José Francisco de Lima Gonçalves, isso pode fazer com que mesmo que Barack Obama seja reeleito, não esteja apto a promover ajustes fiscais por não possuir a maioria parlamentar.

Gonçalves lembra dos impasses no Congresso para definir os cortes fiscais. “Foi feito o pior ajuste fiscal possível em decorrência do fracasso do comitê. O perfil dos cortes é muito ruim, pois concentrou os mesmos no início do período, quando a economia está mais fraca”, diz o economista, aludindo aos cortes lineares em despesas distribuídas entre defesa e programas sociais. 

Federal Reserve mais comunicativo
O Fed continua a sinalizar lentas mudanças, como a comunicação com o público. O país discute a especificação de uma meta para a inflação, o que traria uma maior segurança aos consumidores e investidores – embora atualmente esteja implicíto que a autoridade trabalha com uma meta de 1,8% ou 2% para o quesito. A meta nominal para o nível do PIB (Produto Interno Bruto) também pode ter um valor definido no próximo ano. 

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De acordo com Gonçalves, a definição dos indicadores econômicos estimularia as pessoas a gastarem mais, “já que achariam que a atividade melhoraria ou porque acreditariam em mais inflação”. Atualmente, o Fed concentra seus esforços na operação Twist, o alongamento dos vencimentos dos ativos do balanço da autoridade e uma inclinação nos seus comunicados que deixa a porta aberta para mais um Quantative Easing.

Recuperação da economia
Quanto à recuperação da economia, o enfoque continua no mercado de trabalho e imobiliário do país. “O primeiro segue sendo a preocupação central mesmo com aceitável discussão a respeito da natureza do desemprego, se estrutural ou conjuntural”, afirma o economista do Banco Fator Corretora. 

No setor imobiliário, houve uma leve melhora em vários indicadores, como vendas pendentes, de casas existentes e concessões de licenças para novas construções. Contudo, eles ainda estão oscilando em torno do zero. “Além disso, o binômio preços e estoques de casas ainda indica pouco espaço para recuperação, e a venda de casas novas também não melhora em relação ao ano passado nem na margem”, conclui Gonçalves. 

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