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SÃO PAULO – Após a “bomba” da demissão de Pedro Parente do comando da Petrobras, o mercado começa a próxima semana com diversas frentes para ficar atento. Com queda acumulada de 2,10% nos quatro pregões desta semana, o Ibovespa enfrenta agora o misterioso futuro da Petrobras, além de uma agenda de indicadores recheadas de dados importantes, incluindo alguns que mostrarão os primeiros impactos da greve dos caminhoneiros.
O primeiro indicador que dará indícios dos efeitos que a greve teve na economia será o de produção de veículos, que será apresentado pela Anfavea na quarta-feira (6). A divulgação será relevante para dimensionar os primeiros efeitos negativos da paralisação, neste caso específico sobre o setor automotivo, e indiretamente sobre o setor industrial.
Já na sexta-feira (8), o IBGE divulga o IPCA (índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente ao mês de maio, em que a GO Associados projeta alta de 0,40%, acelerando em relação a taxa apurada em abril, de 0,22%. A projeção anterior era de 0,20%, mas foi elevada por conta da greve, que deve pressionar principalmente os preços dos alimentos in natura e combustíveis.
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“De toda forma, tal pressão deve ser temporária e não afetar a trajetória da inflação para o restante do ano. Itens in natura que subiram muito nos últimos dias, como a batata e a alface, por exemplo, devem se normalizar já em junho, devolvendo tais altas”, avalia a GO Associados.
Em geral, a inflação deve seguir abaixo do centro da meta neste ano, mas a projeção de 3,60% possui viés de alta, segundo a GO, devido à pressão do câmbio. De qualquer forma, a atividade econômica em fraca recuperação
deverá conter tais pressões de alta nos preços.
Na política, a semana promete mais debates sobre os impactos das concessões fiscais feitas aos caminhoneiros, o corte de receita em alguns setores e a reoneração da folha de pagamentos de segmentos para compensar a redução de impostos federais. Neste fim de semana começa a valer o desconto de R$ 0,46 sobre o diesel nas bombas de combustível. Enquanto isso, os próximos dias também marcarão a avaliação do mercado sobre o futuro da Petrobras após a saída de Pedro Parente.
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Agenda no exterior
A semana será pouca movimentada nos Estados Unidos, com vários dados econômicos relativo ao setor de serviços, com o PMI serviços e o ISM não industrial sendo publicados na terça feira (5). No mesmo dia, sairá o relatório de abertura de novas ofertas de emprego, que poderá confirmar o cenário mais benigno para a evolução da taxa de juro nos EUA.
“Desde as duas últimas semanas, o mercado tem apostado em um cenário mais dovish e reduzido a probabilidade de quatro altas de juros neste ano e voltou a precificar com maior probabilidade a possibilidade de apenas três altas”, avalia a GO Associados.
Na Europa, apesar do alívio desta sexta, o principal foco ainda será na crise política na Itália, com a possibilidade da organização de novas eleições no curto prazo e a formação de um governo populista. Nos próximos meses, o mercado europeu continuará analisando o contexto politico e o spread soberano da Itália.
Por fim, na Ásia, em um contexto de relativo alívio das tensões comerciais entre os EUA e a China, os dados do setor externo do gigante asiático de maio serão publicados na sexta-feira (11). Os números devem dar novos sinais do impacto da guerra comercial sobre a China, que por ora parecem moderados, dado que a sondagem PMI de atividade da última semana ficou acima do esperado.
Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.
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