Ibope traz boas e más notícias para Dilma, que segue com as “mesmas dificuldades”

Enquanto Dilma conseguiu manter as intenções de voto, Aécio e Campos "patinaram", aprovação do governo caiu para 31% e diferença para o segundo turno contra o candidato do PSDB também registroubaixa

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A nova pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope e divulgada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) na última quinta-feira (19) trouxe sentimentos diferentes para Dilma Rousseff, com boas e más notícias para a presidente no seu caminho para a reeleição.

Isso porque, mesmo com os novos indícios de deterioração da imagem da atual presidente, ela segue liderando com sobras a corrida eleitoral e conseguiu manter o seu patamar de intenções de voto, apesar de haver indicações claras de segundo turno. De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados declararam que votariam em Dilma no primeiro turno, enquanto o candidato do PSDB, o senador Aécio Neves, tem 21% das intenções de voto, seguido pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 10%. Em quarto lugar, o Pastor Everaldo (PSC), apareceu com 3% dos votos, enquanto os demais candidatos, com 6%

Se for usada como parâmetro a última triagem realizada pelo Ibope em 10 de junho, as intenções de voto da presidente se mantiveram estáveis dentro da margem de erro – naquela ocasião, Dilma ficou com 38% do eleitorado, enquanto seu opositor tucano, teve 22% dos votos, mostrando uma leve queda dos candidatos da oposição. 

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Porém, também há motivos de preocupação para a presidente. Contra Aécio, Dilma venceria com 43% contra 30% do tucano, uma diferença de 13 pontos percentuais, enquanto a diferença era de 19 pontos em maio. Em relação a Eduardo Campos, Dilma venceria com 43% contra 27% do pessebista, vantagem de 16 pontos. Anteriormente, sua vantagem era de 20 pontos percentuais.

“As dificuldades de Dilma continuam as mesmas”, destaca a LCA Consultores. A consultoria ressalta que a sua taxa de rejeição é a mais alta, de 43%, contra 32% de Aécio e 33% de Campos. Para eles, essa elevada rejeição não surpreende, pois a aprovação do governo manteve sua tendência de piora.

Neste levantamento, a taxa de aprovação recuou 5 pontos percentuais, para 31%, e supera o percentual de eleitores que avaliam negativamente o seu governo, de 33%. Além disso, a forma de governar de Dilma também foi desaprovada por 50% dos eleitores (43% no levantamento anterior).

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A pesquisa foi realizada nos dias 13 a 15 de junho de 2014 e, portanto, já mostrou os reflexos dos acontecimentos da abertura da Copa do Mundo de Futebol em São Paulo, quando a presidente foi hostilizada pela grande maioria do público presente. Havia expectativas de que as manifestações poderiam ser positivas para a imagem da presidente, já que a população em geral não aprova extremismos, mas não parecia ter sido isso que aconteceu. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.