Ibope mostra 38% de votos para Dilma e 22% para Aécio Neves

Rejeição de Dilma subiu de 33% em maio para 38%, enquanto isso, 35% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Uma nova pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (10) mostrou 38% das intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff, contra 40% registrados na pesquisa anterior, em maio. Já Aécio Neves passou de 20% das intenções em maio para 22% em junho, enquanto Eduardo Campos subiu de 11% para atuais 13%. Em quarto ficaria o candidato do PSC, Pastor Everaldo, com 3% das intenções de voto. A pesquisa foi encomendada pela Uvesp (União dos Vereadores de São Paulo).

Em um possível segundo turno, quando a disputa fica entre Dilma e Aécio, a atual presidente fica com 42% dos votos, enquanto o senador ficaria com 33% das intenções. Brancos e nulos atingem 20%. No cenário entre Dilma e Campos, o resultado ficaria 41% e 30%, respectivamente, com brancos e nulos atingindo 21%. Com um possível segundo turno entre Aécio Neves e Eduardo Campos, as intenções atingiram 32% contra 28%, com brancos e nulos também chegando a 28%.

Em um cenário considerando apenas os 3 principais candidatos, a pesquisa mostrou 39% das intenções para Dilma, contra 23% para Aécio e 13% para Eduardo Campos, com 19% de brancos e nulos. Quando citados os candidatos para vice, Dilma cai para 37% com Michel Temer como vice, enquanto Aécio mantém seus 22% com Aloysio Nunes de vice-presidente. O que se destacou foi a alta para 17% de Educado Campos com Marina Silva como vice.

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Rejeição e avaliação do Governo
Além da queda nas intenções, a rejeição de Dilma subiu de 33% em maio para 38% nesta pesquisa de junho. Enquanto isso 18% dos entrevistados disseram não votar de jeito nenhum em Aécio Neves e 13% em Eduardo Campos.

Sobre a avaliação do governo Dilma, 35% dos entrevistados acreditam que ele esteja ruim ou péssimo, valor superior aos que avaliaram como regular: 32%. Enquanto isso, 24% dos eleitores avaliam o governo como bom e 7% acreditam que o governo está ótimo. Na última pesquisa, os entrevistados chegavam a 35%. 

Já sobre a aprovação da maneira como Dilma está administrando o País, 44% aprovam e 51% desaprovam. Enquanto isso, 53% dos entrevistados disseram não confiar na presidente, contra 41% afirmando que confiam.

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A pesquisa entrevistou 2002 pessoas em 142 municípios do País entre 4 e 7 de junho. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral.

ADRs da Petrobras sobem
A divulgação de uma nova queda de Dilma e avanço dos possíveis candidatos da oposição na nova edição da pesquisa Ibope animou o mercado, que respondeu comprando papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) negociados nos Estados Unidos. Os ADRs (American Depositary Receipt) da estatal subiram 2,09% na Nyse, sob o código PBR, a US$ 15,62, após fecharem com ganhos a 1,06% no pregão regular.

Não acompanhando mais uma toada de otimismo eleitoral, as ADRs da Eletrobras (ELET3; ELET6), com o ticker EBR, registraram perdas de 0,73% no mesmo horário, cotados a US$ 3,30, após fecharem em alta de 1,22% no pregão normal.

Vale lembrar que as ações das estatais costumam responder com mais sensibilidade aos resultados de pesquisas eleitorais, tendo em vista sua maior exposição a eventuais alterações no comando do País.

No caso da atual corrida às urnas, os papéis de companhias como a Petrobras têm respondido positivamente a cada sinal de perda de espaço de Dilma, uma vez que boa parte do mercado desaprova sua gestão no campo econômico, caracterizando-a como excessivamente intervencionista.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.