Homem mais rico do Brasil critica “ciumeira” e defende diálogo entre FHC e Lula

Jorge Paulo Lemann criticou a polarização política no Brasil e afirmou que ela trava o progresso do País

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em fala para a Folha de S. Paulo, o homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, criticou a polarização política no Brasil. Ele afirmou que ela trava o progresso do País e defendeu que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardozo dialoguem. 

Em entrevista para o jornal durante evento organizado pela Fundação Lemann, cujo conselho ele preside, na Universidade Columbia, em Nova York, na sexta-feira, ele ressaltou: “o pessoal não se entende. Até Fernando Henrique e Lula. Eles foram amigos, já trabalharam juntos e aí ficou nessa ciumeira de o Lula querer ser Fernando Henrique e Fernando Henrique querer ser Lula”. “Tem de se unir por algumas coisas, [dizer:] vamos conversar que é importante”, continuou. 

Lemann, cujo patrimônio é avaliado em R$ 83,7 bilhões, segundo a Forbes, ainda disse achar que o PMDB fica ali no meio”, observou. “Acho que o PMDB vai saltar fora desse governo daqui a pouco. Aí que as coisas vão acontecer.”

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Lemann afirmou que discursos idealistas não ajudam a construir soluções práticas. “Está cheio de gente no Brasil que acha que igualdade é uma beleza. Eu acho igualdade uma beleza também, só que não funciona. Igualdade de oportunidade, isso sim. Agora, igualdade por igualdade… As pessoas não são iguais.” O empresário destacou ainda que “incomoda que, no Brasil, as pessoas sejam tão preocupadas sobre ser de direita e ser de esquerda” e poucos falam sobre o que deveria ser feito, sobre o que é prático e o que pode ajudar o país.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.