Hollande: eleições parlamentares e debate com Merkel são desafios iniciais

Partido socialista busca maioria na Assembleia Nacional; programa de crescimentos para os próximos anos deverá ser apresentado

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Após ser eleito com uma vantagem apertada, o novo presidente da França, François Hollande, não terá dias fáceis pela frente, estimam os especialistas do Société Générale. Como primeiro ato, os economistas esperam que um primeiro ministro interino e do governo seja nomeado rapidamente para preparar as eleições parlamentares em junho.

“Cujo resultado mais provável é de que a Assembléia Nacional tenha a mesma cor política”, dizem os especialistas. A única dica dada até agora pelo novo chefe de estado é que ele ou ela será um socialista bem conhecido pelos legisladores. “Em nossa opinião, a questão principal é se o partido socialista terá maioria absoluta na Assembleia Nacional ou se terá de contar com o apoio dos Verdes e do Partido Comunista também”, explicam os economistas do Société Générale.

Além disso, os especialistas destacam o debate que deverá acontecer antes do encontro do G8 (grupo dos sete países mais desenvolvidos e a Rússia), em 18 de maio, entre o novo presidente no país e Angela Merkel, em Berlim, que poderá ter implicações importantes não só para a França, mas para toda Zona do Euro.

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Vale lembrar que Hollande venceu prometendo a renegociação do Tratado Orçamental, que impõe ao país uma série de medidas de austeridade, com o objetivo de diminuir a dívida pública. Ao mesmo tempo, o socialista levanta a bandeira do crescimento econômico e da criação de emprego, pretendendo lançar todas as suas iniciativas políticas mais importantes antes de junho de 2013.

Deste modo, os mercados seguirão monitorando os passos do novo presidente da França, especialmente na sua relação com a Alemanha. “Nossa visão é que há espaço para um acordo. Somos da opinião de que o pacto fiscal vai sobreviver e o papel do BCE (Banco Central Europeu) permanecerá inalterado”, dizem os especialistas.

Desafios
Entre os desafios do socialista está a convocação de uma sessão extraordinária parlamentar entre 3 de julho e 4 de agosto para preparar a Lei do Orçamento de 2013 para cumprir a meta de déficit público de 3,0% do PIB (Produto Interno Bruto). O programa de estabilidade 2012-16 e de crescimento também será apresentado em Bruxelas, esperando um orçamento equilibrado em 2017.

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“O principal ponto fraco do programa de Hollande para 2013 é a suposição de uma taxa de 1,7% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). A Comissão Europeia irá provavelmente manter uma mais realista, de 1% ou até menos, em suas previsões econômicas, e isso significaria que Hollande e seu governo teriam que encontrar 0,8% do PIB (€ 15 bilhões) por meio de ajuste fiscal em cima de tudo que já foi planejado. Em nossa opinião, isso não seria excessivamente difícil”, conclui o Société Générale.

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